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QUEDA LIVRE

Em crise, TV paga já perdeu mais de 1 milhão de assinantes em 2019

Divulgação

Espectador de costas diante de uma televisão que exibe várias opções de filmes e séries para assistir

Cada vez mais clientes têm cancelado TV por assinatura: últimos quatro meses já bateram total de 2018

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 4/9/2019 - 5h02

A TV paga enfrenta uma das piores crises de sua história de três décadas no Brasil. Só neste ano, o número de clientes que cancelaram seus contratos já passa de 1 milhão. Se a queda continuar nesse ritmo acelerado, até 31 de dezembro serão 1,68 milhão de assinaturas interrompidas. Com isso, o mercado retrocederia ao tamanho que tinha em 2012.

Segundo balanço da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) divulgado na terça-feira (3), a TV por assinatura fechou o mês de julho com 16.538.988 clientes no país. É o menor total de contratos desde janeiro de 2013.

O Notícias da TV levantou que, só entre abril e julho, o número de assinantes que romperam seus acordos com as operadoras de TV paga no país já superou os cancelamentos realizados em todo o ano passado. Em 2018, o mercado brasileiro perdeu 610.179 contratos; apenas nos últimos quatro meses levantados pela Anatel, o índice chegou a 698.666.

O que preocupa as empresas envolvidas no mercado é o ritmo acelerado de acordos cancelados. A queda mensal ultrapassou 100 mil contratos em oito dos últimos nove balanços: apenas nos dados referentes a janeiro o índice ficou abaixo da média --foram "só" 1.908 assinantes a menos.

Se a taxa de queda for mantida nos próximos meses, o Brasil fechará 2019 abaixo dos 16 milhões de clientes pela primeira vez em sete anos.

Em 2012, o mercado de TV paga estava em ampla expansão e ganhava assinantes mensalmente. Agora, o cenário é outro.

A última vez em que a TV paga registrou aumento no número de clientes foi em junho de 2018. Ainda assim, o crescimento foi discreto: apenas 5.762 assinantes a mais em todo o país. Um acréscimo expressivo mesmo não ocorre desde abril de 2017, quando o mercado ganhou 132 mil clientes --uma alegria que durou pouco: no mês seguinte, perdeu 134 mil.

O momento difícil atinge todas as operadoras. Todas as quatro grandes do país registraram queda de assinantes em julho. A Claro foi a que mais perdeu: foram 66.983 cancelamentos. No entanto, a empresa que agora trabalha em uma operação única com a Net segue líder isolada no mercado, com 8,1 milhões de clientes.

Segunda maior operadora, a Sky também é vice no cancelamento de assinaturas, com 31.376 contratos rompidos em um mês. Na disputa pelo terceiro lugar, Oi e Vivo fazem uma guerra acirrada, com vantagem para a primeira: ela tem 140 mil assinantes a mais e perdeu menos contratos (foram 11.964, contra 25.640 da rival).

Queda em todos os Estados

Ao contrário do que havia ocorrido em meses anteriores, quando alguns Estados registraram crescimento discreto no número de assinantes, em julho todas as unidades federativas perderam clientes.

São Paulo, que registra 13% do mercado nacional, foi o Estado que mais teve contratos cancelados: 55.994. O índice de contratos paulistas rompidos é superior até ao do total de assinantes de territórios menores, como Acre (28.994), Amapá (18.432), Rondônia (51.065), Roraima (16.045) e Tocantins (40.175).

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