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MERCADO EM ALTA

Com Netflix e TV paga, atores deixam de ser 'reféns' da Globo: 'É a salvação'

DIVULGAÇÃO/NETFLIX/COMEDY CENTRAL

Emanuelle Araújo estrela Samantha!, na Netflix, e Fábio Porchat é o protagonista de Homens?, no Comedy Central - DIVULGAÇÃO/NETFLIX/COMEDY CENTRAL

Emanuelle Araújo estrela Samantha!, na Netflix, e Fábio Porchat é o protagonista de Homens?, no Comedy Central

LUCIANO GUARALDO e VINÍCIUS ANDRADE

Publicado em 15/3/2019 - 5h51

A partir de segunda-feira (18), o ator Gabriel Godoy estará no ar tanto em Verão 90, da Globo, quanto na série Homens?, do Comedy Central. Ícaro Silva, também no elenco da novela das sete, baterá ponto em Coisa Mais Linda, da Netflix, a partir do dia 22. E em abril, Emanuelle Araújo aparecerá em Samantha!, no streaming, e Órfãos da Terra, próxima novela das seis.

O panorama atual parecia impossível até poucos anos atrás, quando a Globo fazia longos contratos com seu elenco justamente para não perdê-los para a concorrência. Atores que haviam migrado para a Record também precisavam passar um período na geladeira antes de serem aceitos de volta na líder de audiência.

Agora, tudo mudou. O crescimento de produções nacionais em serviços de streaming, como Netflix e Globoplay, e em canais da TV paga, como Fox, HBO, TNT, Warner e Comedy Central, tem animado atores, diretores e roteiristas brasileiros, que encontram novos espaços em diferentes empresas para trabalhar e não ficam mais "reféns" de um contrato longo com a Globo.

Para Gabriel Godoy, essas novas opções viraram a "salvação" do mercado artístico. "O crescimento dos streamings é a salvação, porque o incentivo cultural atual para o teatro e para o cinema, sem ser ligado ao streaming, está bem ameaçado. O Brasil é um dos países com mais assinantes da Netflix, então eles vêm com tudo. Eles são a salvação, agora tem a Amazon e o próprio Globoplay, que também está investindo. É uma coisa que vai salvar a gente", opina o ator de Homens?.

Já Emanuelle Araújo celebra a oportunidade de trabalhar cada vez mais. "Isso mostra que o mercado está se voltando para os atores, finalmente. Temos um veículo como a Netflix que estimula o criativo, isso é uma coisa que só pode ser o futuro. O criativo e a arte devem estar sempre em primeiro lugar. Podemos trabalhar em veículos maravilhosos, mostrar o nosso trabalho, temos a chance de contar histórias interessantes e diversas em veículos diferentes", valoriza a atriz.

Fora da TV aberta desde dezembro, quando encerrou contrato com a Record, Fábio Porchat apresenta o Papo de Segunda, no GNT, já interpretou Jesus em um especial de Natal disponível na Netflix e também está em Homens?. O ator criou, roteirizou e protagoniza a atração do Comedy Central.

"Quanto mais séries tiver, melhor é. Porque a gente vai errando e tem uma hora que acerta. Uma hora faz bem, na outra faz ótimo e não fica preso em uma emissora. A pessoa tem possibilidade de fazer para todos os lugares", comenta o ex-Record.

"Agora podemos contar uma história mais longa, sem precisar ficar refém de uma emissora, de uma coisa. Você pode pegar e destrinchar com calma. A gente vê tantas séries, em tantas emissoras, isso desenvolve o talento brasileiro. A gente tem ótimos roteiristas, diretores e atores no Brasil", exalta Porchat.

Diretor de Homens?, Johnny Araújo, que até então tinha um trabalho voltado para o cinema, em filmes como Chocante (2017) e Legalize Já (2018), comemora o crescimento do mercado audiovisual no Brasil, com diferentes opções de trabalho.

"Pra gente, isso é extremamente positivo. O mercado está abrindo faz tempo, mas agora está evoluindo bastante, inclusive para os atores, que antigamente ficavam nas prateleiras. Para mim, diretor, hoje em dia posso trabalhar com atores que eu não teria acesso antes. É um mercado de audiovisual que está na hora de se firmar. Em Homens?, que tem a Viacom e a Amazon, quanto mais gente puder assistir, sem ficar dependente de um lugar só, melhor. Acho que é maravilhoso", diz.

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