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OPERAÇÃO FRONTEIRA

Filme da Netflix teria quarta maior bilheteria do ano se fosse exibido no cinema

Melinda Sue Gordon/Netflix

O ganhador do Oscar Ben Affleck em cena do longa Operação Fronteira, sucesso da Netflix - Melinda Sue Gordon/Netflix

O ganhador do Oscar Ben Affleck em cena do longa Operação Fronteira, sucesso da Netflix

LUCIANO GUARALDO

Publicado em 18/4/2019 - 5h48

A Netflix tradicionalmente esconde seus números de audiência, mas vez ou outra abre a caixa-preta e revela índices surpreendentes. Lançado em 13 de março, o filme Operação Fronteira foi visto em 52 milhões de domicílios no mundo todo. Se fosse exibido nos cinemas, teria arrecadado o suficiente para ser, no mínimo, a quarta maior bilheteria do ano.

O cálculo considera o preço médio de um ingresso em redes de cinemas norte-americanas, que em 2019 é avaliado em US$ 9,03 (R$ 35,59). Se levado em conta que apenas uma pessoa de cada domicílio assistiu ao longa, ele teria uma bilheteria de aproximadamente US$ 469,5 milhões (R$ 1,85 bilhão).

Esse valor seria o suficiente para colocá-lo à frente de arrasa-quarteirões como Dumbo (US$ 269,9 milhões) e Vidro (US$ 246,9 milhões). Perderia apenas para Capitã Marvel (US$ 1 bilhão), o chinês Liu Lang Di Qiu (US$ 699,8 milhões) e a animação Como Treinar o Seu Dragão 3 (US$ 512,2 milhões).

É um feito e tanto para uma plataforma que se vende como a "nova casa do cinema", mas que encontra dificuldades em lançar astros próprios como fenômenos em Hollywood --tanto que, em Operação Fronteira, recorreu a nomes já conhecidos do grande público, como Ben Affleck, Oscar Isaac (Star Wars), Charlie Hunnam (Sons of Anarchy), Garrett Hedlund (Tron: O Legado) e Pedro Pascal (Game of Thrones).

Bird Box, lançado no fim do ano passado, conseguiu um resultado parecido: o suspense com Sandra Bullock foi visto mais de 80 milhões de vezes em um mês. Sua bilheteria, caso fosse exibido nos cinemas, ultrapassaria os US$ 730 milhões (R$ 2,8 bilhões). Seria o décimo filme de 2018 em arrecadação.

Operação Fronteira

Os dados sobre o público de Operação Fronteira foram revelados em uma apresentação trimestral que a Netflix faz para seus acionistas. Na reunião, que ocorreu na última terça (16), a plataforma também minimizou a concorrência de peso que ganhará ainda neste ano, depois que Disney e Apple lançarem serviços próprios de streaming.

"As duas companhias são marcas de primeira classe, e estamos animados para competir. Os grandes vencedores serão os criadores e os consumidores, que vão colher os frutos de terem várias companhias lutando para oferecer uma experiência excelente para o público", começa a companhia na carta para os acionistas.

"Não imaginamos que esses novos participantes vão afetar nosso crescimento, porque a transição da TV linear para o video on demand é imensa, e porque oferecemos um conteúdo de natureza diferente. Achamos que há uma procura grande por TV e filmes de qualidade, e a Netflix só satisfaz uma pequena fatia disso. Por isso, defendemos que há espaço para todos, e podemos crescer ainda mais."

No último trimestre, a gigante do streaming ganhou 9,6 milhões de assinantes no mundo todo (1,7 milhão nos Estados Unidos) e, com isso, chegou a 148,8 milhões de clientes --que renderam um faturamento de US$ 4,4 bilhões (R$ 17,3 bilhões).

A Netflix também está bebendo na fonte de produtoras de formato e anunciou que vai realizar mais versões locais do reality show Mandou Bem!, em que confeiteiros amadores e sem nenhum talento competem para ver quem faz o melhor (ou menos pior) bolo. O original norte-americano, um fenômeno, ganhou uma edição mexicana em fevereiro. Agora, estão a caminho versões na França, na Alemanha e na Espanha.

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