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Megyn Kelly

Jornalista demitida por defender uso de blackface pede o 'cancelamento' de Friends

Reprodução/YouTube

Com cabelo curto, loiro e maquiagem carregada, Megyn Kelly veste preto em vídeo em seu canal no YouTube

Megyn Kelly em vídeo de seu canal no YouTube; jornalista pediu o "cancelamento" de Friends no HBO Max

JOÃO DA PAZ

Publicado em 10/6/2020 - 14h42

Jornalista que já foi a mais bem paga nos Estados Unidos, tratada como celebridade, Megyn Kelly detonou a decisão do HBO Max de retirar o filme E O Vento Levou (1939) da plataforma. Demitida da rede NBC por defender no ar o uso de blackface, ela pediu também o "cancelamento" de Friends (1994-2004) em uma série de postagens no Twitter.

Desempregada, Megyn ecoou a voz de quem é contra o politicamente correto. Nas mensagens publicadas na manhã desta quarta-feira (10) na rede social, a jornalista mencionou a conta da HBO Max ao decretar: "Ok, vamos fazer o seguinte: todos os episódios de Friends tem de sair também [do streaming da Warner]. Caso contrário, vocês odeiam mulheres (e pessoas da comunidade LGBTQ )".

"Claro que Game of Thrones (2011-2019) tem de sair, agora. Assim como qualquer trabalho de John Hughes, Woody Allen...", continuou ela.

A primeira postagem de Megyn foi um comentário atrelado a uma postagem de um texto do Wall Street Journal sobre a decisão do HBO Max de excluir o filme clássico. O streaming se posicionou em um comunicado dizendo:

"E o Vento Levou é um produto de seu tempo e contém alguns dos preconceitos étnicos e raciais que, infelizmente, têm sido comuns na sociedade americana. Estas representações racistas estavam erradas na época e estão erradas hoje. Sentimos que manter este título disponível, sem uma explicação e uma denúncia dessas representações, seria irresponsável."

O longa deve voltar a ficar disponível com alguma contextualização sobre essas questões. Megyn, então, questionou: "Vamos retirar todos os filmes nos quais as mulheres são tratadas como objetos sexuais também? Adivinha quantos filmes vão sobrar? Onde isso vai parar?".

A jornalista de 49 anos defendeu sua argumentação: "Você pode abominar policiais escusos, racismo, sexismo e preconceito contra a comunidade LGBTQ sem censurar filmes históricos, livros, música e arte que não narraram [a vida] desses grupos perfeitamente". "As pessoas entendem que a arte reflete a vida. E como nós evoluímos, o mesmo ocorre com a cultura", escreveu.

Jornalista e advogada que chegou a ter um salario anual de US$ 23 milhões (R$ 113 milhões) na rede NBC, seu último emprego, Megyn Kelly esteve no centro do escândalo sexual que assolou a Fox News, em 2016.

Estrela do canal de notícias, ela admitiu que foi assediada pelo executivo Roger Ailes (1940-2017), o estopim para a demissão dele. Essa história está retratada no filme O Escândalo (2019), no qual a atriz Charlize Theron interpretou Megyn.

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