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Jéssica Esteves

Ex-apresentadora do Bom Dia & Cia vira vendedora para sustentar a família

Reprodução/Facebook

Jéssica Esteves, que foi apresentadora do Bom Dia e Cia, do SBT, quando era criança, entre 2003 e 2005 - Reprodução/Facebook

Jéssica Esteves, que foi apresentadora do Bom Dia e Cia, do SBT, quando era criança, entre 2003 e 2005

FERNANDA LOPES

Publicado em 2/8/2018 - 5h03
Atualizado em 2/8/2018 - 15h30

Longe da TV há 13 anos, Jéssica Esteves teve de deixar a carreira artística de lado e trabalhar duro para cuidar de sua família. Entre 2003 e 2005, ela foi apresentadora do Bom Dia e Cia, que completa 25 anos nesta quinta (2). Após sair do SBT, se formou em Jornalismo, mas por causa de problemas com os pais nunca exerceu a profissão. Teve de se virar, foi vendedora e recepcionista. Aos 26 anos, segue trabalhando na área comercial de uma empresa.

"Minha mãe morreu em 2012, mesmo ano em que me formei. Louca para trabalhar na área, não pude. Morava só com meu pai, e ele desencadeou uma depressão seguida da descoberta de uma doença neurodegenerativa (a atrofia multissistêmica, que compromete os sistemas neurológico e motor). Tive que arregaçar as mangas", conta.

"Fui trabalhar de vendedora temporária de fim de ano em loja de shopping, logo depois me fixei no primeiro emprego que me garantisse maior segurança financeira para poder sustentar a mim, meu pai e minha casa. Fui ser recepcionista. As pessoas passavam por mim e não entendiam, diziam: 'Como assim você estava na TV e agora está aqui numa recepção?'. Eu nunca me envergonhei, sabia que estava fazendo o certo, e que todo tipo de trabalho é digno", afirma.

"Depois, virei secretária de diretoria, trabalhei com administrativo, financeiro e hoje trabalho no setor comercial de uma empresa de cirurgia estética. Não é fácil não ter mais minha mãe comigo, meu pai não andar, falar com dificuldade, usar fralda... Minha vida virou de cabeça pra baixo, mas eu percebi que o açúcar ainda estava nela, era só eu me esforçar e mexer mais um pouquinho o copo. E assim faço todos os dias", completa.

Jéssica trabalha desde os 3 anos, quando começou a atuar em comerciais e séries (fez Retrato Falado, do Fantástico, por exemplo). Ainda na infância, integrou o grupo Dó-Ré-Mi e conheceu Silvio Santos durante uma apresentação no Teleton.

O dono do SBT gostou dela e de Kauê Santin, que também fazia parte do grupo, e logo ofereceu o Bom Dia a eles. "Ele bateu o olho, quis, nos convidou, aceitamos. Em dois dias já estávamos no ar, e a proposta 'criança apresentando para criança' deu certo desde o primeiro instante. Eu curtia muito, ao mesmo tempo que era trabalho, eu conseguia encarar como diversão", explica.

Ela e Kauê ficaram no programa até 2005, quando, aos 14 anos, foram considerados muito grandes para um programa infantil. Depois deles, outros apresentadores mirins fizeram sucesso na atração, como Yudi Tamashiro, Priscilla Alcantara e Maísa Silva.

Reprodução/SBT

Jéssica Esteves ao lado de Kauê Santin, com quem dividiu a apresentação do Bom Dia e Cia

Com o fim da participação no Bom Dia, Jéssica recebeu outros convites para voltar a trabalhar como atriz e permanecer na TV, mas não teve interesse. "Na época, recebi propostas para ir para o núcleo de teledramaturgia do SBT e [fazer] teste para Malhação, na Globo... Por imaturidade, recusei. Acreditei não ser o momento", diz.

Ela confessa que sente falta da TV e adora tudo o que envolve o meio artístico _gosta de ficar na frente das câmeras e ser fotografada, por exemplo. Jéssica diz que já pensou em ter um canal no YouTube, mas acredita que é um mercado saturado. A jovem desenvolve suas habilidades de apresentadora só dentro de casa por enquanto, mas não descarta uma nova virada em sua vida.

"Vivo um dia de cada vez, minha próxima realização pessoal será em setembro, quando completarei 27 anos e concretizarei um dos meus sonhos, que é me casar. Hoje trabalho fora da telinha, mas nunca excluo nenhuma possibilidade na vida... Prefiro curtir as oportunidades que aparecerem. Sou muito feliz com tudo o que aprendi, que sou, que faço. A felicidade é uma questão de escolha", reflete.

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