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VILÃO EM ORGULHO E PAIXÃO

De volta às novelas após três anos, Joaquim Lopes sofre com figurino de época

Reprodução/TV Globo

Joaquim Lopes como Olegário em cena da novela Orgulho e Paixão: calor insuportável - Reprodução/TV Globo

Joaquim Lopes como Olegário em cena da novela Orgulho e Paixão: calor insuportável

LUCIANO GUARALDO, no Rio de Janeiro

Publicado em 15/5/2018 - 5h51

Orgulho e Paixão marca a volta de Joaquim Lopes às novelas depois de passar três anos como apresentador do Vídeo Show. Incorporar o trapaceiro Olegário, porém, tem rendido uma dor de cabeça para o ator. Tudo porque o figurino de época inclui várias camadas de roupas, que não combinam nem um pouco com o calor do Rio de Janeiro.

"Eu acho o figurino maravilhoso, e no estúdio até tem ar-condicionado para deixar mais tranquilo. Mas, quando a gravação é externa, a coisa pega um pouco", confessa ele, que faz sua primeira novela de época na Globo _antes, Lopes já havia atuado em Os Ricos Também Choram (2005), do SBT.

Apesar de aparecer frequentemente em cena vestindo camisa social, colete, gravata e paletó, o ator diz que está se adaptando ao peso (e ao calor) das roupas. "Eu acho bonito demais, ver todo mundo superelegante. Essas peças todas ainda ajudam na construção do personagem, vou vestindo e incorporando o Olegário."

Na novela de Marcos Bernstein, Olegário já foi casado com Susana (Alessandra Negrini), e agora ajuda a ex em seus planos maquiavélicos. Mas, ao contrário de Alessandra, que abraça o rótulo de vilã e diz que prefere interpretar as malvadas, Lopes defende seu personagem e diz que ele não é mau.

"Eu não definiria o Olegário como um vilão. É um malandro que aplica golpes para sobreviver. Todo mundo tem que pagar contas, dentro dos comportamentos normais e aceitáveis, e acho que ele é um cara que se viu sem essas opções", justifica.

É uma situação bem diferente da enfrentada pelo ator em seu personagem anterior, o homofóbico Enrico de Império (2014). "Eu encarei o Enrico como uma denúncia social. E bastante urgente. Existe um projeto de lei para criminalizar a homofobia que não é aprovado, e eu não sei o motivo. Tentei fazer o Enrico com a maior verdade possível para fomentar esse tipo de discussão", lembra ele.

Lopes, aliás, defende que a arte tem um papel social de levantar bandeiras e promover debates. "Essa é a nossa 'pretensão'. Se não fizermos as pessoas conversarem entre si sobre determinadas atitudes, não estamos fazendo nosso trabalho. Não pode ser só uma atuação, entendeu?", filosofa.

Portas abertas
O ator deixou o Vídeo Show em janeiro deste ano para se dedicar às gravações de Orgulho e Paixão. Ele não descarta, porém, uma volta ao programa de celebridades no futuro. "Quem sabe o que vai acontecer lá na frente? Meu pai sempre fala essa frase: 'Nunca feche portas porque a gente não conhece o amanhã'. Então, eu saí de portas abertas e claro que posso voltar para o programa", adianta.

Joaquim não disfarça que seu retorno às novelas é motivo de comemoração. "Sou muito grato ao Vídeo Show pelos três anos que passei lá, tudo o que ele me proporcionou. Mas eu amo demais fazer novela e estou muito feliz com esse papel, principalmente pelo fato de o personagem ser tão diferente de mim."

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