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Élida L'Astorina

Como Jennifer Aniston mudou a carreira de mocinha da Globo dos anos 1980

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Élida L'Astorina em frente a personagens do desenho Os Simpsons, que já contou com sua voz

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ANA CORA LIMA

Publicado em 29/6/2019 - 5h30

Élida L'Astorina foi uma das mocinhas mais promissoras da Globo nos anos 1980. Embora não tenha protagonizado nenhuma novela, emplacou personagens de destaque em uma geração que contava com Lídia Brondi e Gloria Pires. Ela saiu de cena na década seguinte para tentar ser mãe e mudou de carreira. Virou dubladora: é dela a voz de Jennifer Aniston na série Friends (1994-2004) e em filmes estrelados pela eterna Rachel.

"É muito raro que um dublador faça um determinado artista várias vezes, e eu e Jennifer Aniston temos uma ligação muito louca. Comecei a dublando em Friends, a Rachel me trouxe sorte. Vieram vários filmes seguidos, que até esqueci os nomes, e o sucesso Marley & Eu. Quando menos espero, ela aparece na minha vida (risos). No mês passado, tive que dublar três longas dela: Mistério no Mediterrâneo, The Yellow Birds [um filme sobre a Guerra do Iraque ainda sem tradução para Brasil] e outro de quando ela era muita nova. Eu sou a voz de Jennifer Aniston", brinca.

Aos 60 anos, Élida diz que é feliz na nova profissão, mas tem saudades de ficar frente às câmeras. "O meu último grande trabalho na TV foi em Anos Rebeldes [1992]. Atuei em Negócio da China [2008], de Miguel Falabella, fiz participações em outras produções como Ti-Ti-Ti [2010], e depois mais nada. Sinceramente, não sei o que houve. Ainda sou reconhecida nas ruas e as pessoas até me perguntam o que aconteceu, mas é difícil responder."

Ela concorda que a renovação é um processo natural em qualquer mercado, mas compartilha com a teoria de outros atores, na mesma faixa etária, de que na televisão a situação é mais complicada.

"Eu passei por uma fase lá dentro da Globo em que eu não imprimia a idade que eu tinha para as personagens. Não podia ser a filha, mas também não tinha idade para ser a mãe, e aí fica difícil ser chamada para os trabalhos", conta Élida, que admite panelinhas na emissora.

divulgação/nbc

Courteney Cox, Jennifer Aniston e Matthew Perry em cena do seriado americano Friends


Panelinha na Globo

"Existe, sim, e isso acontece em qualquer lugar. Quando alguém é chamado para comandar, coordenar ou ser o chefe, ele vai querer trabalhar com pessoas que ele conhece e com pessoas que ele confia. Normal, e na televisão é assim também. É preciso ter boas relações pessoais", deixa escapar.

Com uma filha de 20 anos, Sabrina, que também segue a carreira de atriz, Élida não nega que fica assustada com a rotatividade dos atores no mercado.

"Eu ligo a televisão e não conheço 10% das pessoas. Uns saem, outros entram e, rapidamente, já conseguem ser destaques... Está muito diferente da minha época! Acho que, hoje, o ator para chegar à televisão e, principalmente ficar, precisa ter talento, claro, precisa das tais relações pessoais, e também da sorte e da beleza."

Élida foi citada na biografia de Alexandre Frota, Identidade Frota - A Estrela e a Escuridão – 5.0, lançada em 2013, como um dos casos amorosos do ator. Mas ela nega o envolvimento com ele. Os dois fizeram a novela Livre para Voar (1984) juntos e ficaram amigos na época.

"Foi uma bobagem dele. Não sei porque ele falou sobre uma coisa que não aconteceu. O que tínhamos era uma relação de amizade. Eu, ele e o restante dos atores da novela. Ninguém quer ter seu nome envolvido numa história assim, mas fazer o quê? Nem o procurei e resolvi esquecer esse episódio", finaliza Élida.

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