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GRUPO DE RISCO

Aos 69 anos e hipertenso, Galvão Bueno desabafa sobre coronavírus: 'Angustiado'

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Galvão Bueno em entrada ao vivo no Jornal Nacional, na Arena Corinthians, em 2019

Trabalhando de casa como precaução contra o coronavírus, Galvão Bueno está no grupo de risco da Covid-19

REDAÇÃO

Publicado em 19/3/2020 - 18h10

Afastado de suas atividades da Globo como precaução contra o coronavírus, Galvão Bueno desabafou nesta quinta-feira (19) sobre o caos causado pela pandemia. Ele confessou que se sente "angustiado" com a situação dos mais pobres neste momento. Aos 69 anos e hipertenso, o narrador ainda alertou que faz parte do grupo de risco da Covid-19.

"Eu estou aqui no meu escritório, em casa, seguindo as recomendações. Do que modernamente estão chamando de 'home office', de você trabalhar em casa. Mas, preocupado, claro. Vou fazer 70 anos, sou do grupo de risco, sou hipertenso e recentemente tive problema de coração", escreveu Galvão no Twitter.

O jornalista, que faz aniversário em 21 de julho, sofreu um infarto enquanto se preparava para narrar a final da Libertadores em novembro. Ele precisou passar por um cateterismo para desobstrução de uma artéria, mas conseguiu se recuperar e estava realizando suas atividades normalmente desde dezembro.

Agora, Galvão conta que está tomando os cuidados necessários contra o coronavírus. "Posso até vir a ser infectado, todo mundo está correndo risco. Não há dúvidas que esse vírus tão sério, esse drama que estamos vivendo, chegou ao Brasil pela elite porque foi trazido por quem tenha vindo da Europa, da Ásia, dos Estados Unidos e agora vai se espalhando".

Também empresário, ele explicou as medidas que teve com seus funcionários. "Claro que nós (e eu tenho muito orgulho disso, porque acabamos gerando muitos empregos, principalmente no agronegócio, pecuária e com meus negócios de vinho e plantações) ordenamos que todas as pessoas do escritório fossem trabalhar em casa, todos nós estamos em casa seguindo todas as instruções", explicou.

"Mas eu tô muito angustiado. E tô muito angustiado porque, é claro que é necessário se preocupar com a queda da bolsa de valores, com a alta do dólar, com as questões da economia, com tudo isso.

"Vale recomendar que se lave as mãos, que se tenha sempre a melhor higiene possível, que use o álcool gel, mas eu tô muito angustiado. E quando esse vírus chegar às favelas? E quando esse vírus chegar (Deus que nos livre) aos grotões da mais profunda pobreza do nosso país?", questionou ele.

"Onde as pessoas não têm conhecimento nem condições de ter todo esse cuidado? Como colocar quem trabalha no dia a dia em sistema de home office? Se essas pessoas precisam do trabalho no dia a dia, porque se não as famílias vão passar fome?", perguntou o apresentador, que seguiu com o desabafo.

"Como evitar que essas pessoas possam usar o sistema coletivo de transporte se eles precisam trabalhar? Se eles não trabalharem, não vão sustentar suas famílias. Em alguns lugares nem água corrente tem para lavar as mãos, onde vão arrumar dinheiro para comprar álcool gel?".

"É preciso se preocupar, juntar todas as mensagens, isso é tudo muito importante. Todos nós estamos nos movimentando pra isso. Tenho acompanhado todas as decisões, muitas delas muito corretas, mas onde está o grande projeto da atenção social a essas pessoas menos favorecidas?".

Galvão encerrou o seu longo texto no Twitter falando sobre o medo que sente. "Temo. E temo muito quando esse vírus vier a atingir esses bolsões de linha de pobreza ou abaixo da linha da pobreza. Que Deus nos abençoe a todos e nos ajude sempre", desejou. Veja o post abaixo:

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