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Sem novo projeto, protagonistas de Malhação podem ficar desempregadas

Raphael Dias/Gshow

Gabriela Medvedovski e Heslaine Vieira (atrás); Daphne Bozaski, Ana Hikari e Manoela Aliperti - Raphael Dias/Gshow

Gabriela Medvedovski e Heslaine Vieira (atrás); Daphne Bozaski, Ana Hikari e Manoela Aliperti

DANIEL CASTRO e LUCIANO GUARALDO

Publicado em 6/3/2018 - 6h20

Apesar do sucesso da temporada de Malhação encerrada ontem (5), as cinco protagonistas da história de Cao Hamburger correm o risco de engrossar as estatísticas do desemprego no país. Gabriela Medvedovski, Daphne Bozaski, Heslaine Vieira, Ana Hikari e Manoela Aliperti foram contratadas pela Globo por obra certa. O vínculo delas com a emissora acabou juntamente com Malhação: Viva a Diferença.

A Globo ainda discute internamente se oferece às cinco, ou a algumas delas, contratos de longa duração (de dois ou três anos). O problema é que, até o momento, não apareceu nenhum novo personagem para elas. Ter um novo projeto à vista facilita a renovação de contrato.

A Globo, até alguns anos atrás, costumava contratar jovens atores que se destacavam em Malhação; afinal, um dos papéis da novelinha é justamente o de revelar novos talentos. Mas a emissora mudou sua política de manutenção de banco de atores. Hoje, só tem contrato de longa duração quem é considerado imprescindível, medalhão ou altamente produtivo.

Não é o caso das cinco jovens atrizes de Viva a Diferença, todas estreantes em novelas (embora três já tivessem atuado em outros projetos televisivos). Apenas Heslaine já tinha trabalhado na Globo, em um episódio de Dupla Identidade (2014).

Daphne Bozaski, que roubou a cena na pele da autista Benê, se tornou queridinha do público com sua atuação sensível e divertida, que conseguiu explicar a síndrome não apenas para os outros personagens, mas também para o público de casa. 

A atriz de 25 anos já é uma veterana com o público infantojuvenil. Atuou em Que Monstro te Mordeu? (2014-2015), Experimentos Extraordinários (2014-2015) e Manual para se Defender de Aliens, Ninjas e Zumbis (2017).

Já Manoela Aliperti, que antes de Malhação tinha atuado em Três Teresas (2013-2014), do GNT, ganhou destaque após sua personagem Lica engatar um romance gay com Samantha (Giovanna Grigio).

A repercussão chegou até o público estrangeiro, que acompanhava a história de amor das duas por cenas curtas na internet. A Globo até colocou Viva a Diferença no catálogo de novelas para exportação, depois de 13 anos sem vender a novelinha.

Destaques no palco, Gabriela Medvedovski e Ana Hikari estrearam na TV com Malhação. A primeira, intérprete da protagonista Keyla, acabou ofuscada pelas outras quatro, que formaram casais com mais torcida. Já Ana comoveu com o racismo sofrido pela sua personagem, proibida pela mãe de se relacionar com um rapaz negro _história similar à vivida pelos pais da atriz fora da ficção.

Por fim, Heslaine é uma espécie de carta na manga de Cao Hamburger: ela já trabalhou com ele nas séries Filhos do Carnaval (2006) e Pedro & Bianca (2012-2014), vencedora do prêmio Emmy Kids Internacional.

Se o futuro das cinco protagonistas de Viva a Diferença ainda é incerto, o de Cao Hamburger já está traçado. Consagrado como criador de programas de TV como Castelo Rá-Tim-Bum (1994-1997) e Disney Club (1997-2001) e como roteirista e diretor de filmes como O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias (2006) e Xingu (2012), ele agora faz parte do time de autores da Globo.

Hamburger já apresentou projetos de séries e minisséries, que estão em análise pela direção artística da Globo. Na volta das férias, ele deverá definir qual será seu próximo trabalho.

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