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Fim de uma era

Record perde Lauro César Muniz, seu principal autor de novelas

Divulgação/Record

O autor Lauro César Muniz no lançamento de Máscaras, em abril de 2012, sua última novela na Record - Divulgação/Record

O autor Lauro César Muniz no lançamento de Máscaras, em abril de 2012, sua última novela na Record

DANIEL CASTRO

Publicado em 13/12/2013 - 7h34

Único autor do primeiro time da Globo que a Record conseguiu conquistar, Lauro César Muniz deixará a emissora de Edir Macedo no próximo dia 31. Seu contrato não será renovado.

Muniz estava na Record desde 2005. Nesse período, escreveu as bem-sucedidas Cidadão Brasileiro (2006) e Poder Paralelo (2009) e a fracassada Máscaras (2012).

Sua saída, ao contrário da Globo, ocorre de forma "suave" e está relacionada a dois fatores: alto salário e pretensões artísticas. A Record, que implantou uma política de redução de salários, foi "elegante" e não chegou a fazer uma proposta menor para Muniz. E avisou que não tem interesse em produzir uma minissérie que o autor tanto deseja.

"Fui informado pelo senhor Marcelo Silva [vice-presidente artístico] de que a emissora não faria a minissérie sobre [o maestro] Carlos Gomes, um projeto que eu acalentei durante dois anos. Havia um interesse muito claro da gestão anterior, mas os dois [Honorilton Gonçalves, vice-presidente artístico, e Hiran Silveira, diretor de teledramaturgia] deixaram seus cargos, foram transferidos para outras funções da empresa", lamenta Muniz.

O autor ainda não tem nenhuma negociação com outra emissora. Para 2014, já tem um projeto, o roteiro de um filme a ser produzido em parceira com um estúdio norte-americano.

Lauro César Muniz é um dos grandes autores brasileiros. Fez parte da geração que renovou o gênero a partir dos anos 1970. Escreveu grandes sucessos, como O Casarão (1976), Roda de Fogo (1986) e O Salvador da Pátria (1989). Na Record, arriscou ao implantar narrativas pouco comuns para as telenovelas.

Seu retorno para a Globo é praticamente impossível. Ele deixou a emissora em 2005 de forma não amistosa, depois de ficar cinco anos na "geladeira", tendo sucessivos projetos recusados.


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