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Negócio milionário, UFC multiplica assinantes da Globo na TV paga

Fotos Divulgação/UFC

Ross Pearson e Melvin Guillard se encaram durante pesagem na sexta-feira para as lutas do UFC de sábado (26) - Fotos Divulgação/UFC

Ross Pearson e Melvin Guillard se encaram durante pesagem na sexta-feira para as lutas do UFC de sábado (26)

DANIEL CASTRO

Publicado em 27/10/2013 - 9h33

A relação das Organizações Globo com o UFC, maior organizadora de lutas de MMA (artes marciais mistas) do mundo, mudou da água para o vinho em 2010.

A parceria entre a Globosat e o UFC já dura 11 anos, mas até quatro anos atrás a relação era tensa. Então principal executivo da área esportiva da Globo, Luiz Fernando Lima era contra a transmissão de lutas pela emissora. Chegou a se recusar a receber representantes do UFC para uma reunião.

O canal de pay-per-view Combate, primeiro resultado da parceria Globosat/UFC, chegou a ficar seriamente ameaçado. Por pouco não foi extinto.

Tudo mudou em 2010. O UFC conseguiu romper a barreira contra o MMA na Globo. Passou a fazer no Brasil sete dos 32 eventos de luta que realiza por ano. A Globo, inicialmente, esnobou o direito que tinha de transmitir as lutas em TV aberta. Mas, vendo o sucesso obtido pela Rede TV!, tomou os direitos de volta. 

Hoje, a Globo trava uma batalha nos bastidores para conseguir transmitir a revanche do brasileiro Anderson Silva contra Chris Weidman, pelo título mundial de pesos-médios, marcada para 28 de dezembro em Las Vegas.

Há uma tensão no ar. O problema é que a Globo já esgotou a cota de lutas a que tem direito na TV aberta neste ano. E o UFC pretende continuar privilegiando o modelo de pay-per-view, em que as lutas só são vistas na TV por quem paga por isso.

O brasileiro Lyoto Machida e Mark Muñoz na pesagem, sexta-feira, para a luta de ontem (26) do UFC, em Manchester

Pague para ver

O canal Combate disparou com a entrada da TV Globo no negócio, graças à popularização do MMA impulsionada pela emissora. Seu número de assinantes saltou de 30 mil em 2009 para 360 mil em 2013. Cresceu 12 vezes. O canal, antes patinho feio, agora é modelo para a América Latina. A gigante mexicana Televisa se inspirou no Combate para lançar no meio deste ano um canal de lutas na América Latina.

O UFC não tem do que reclamar. O Notícias da TV apurou que suas receitas no Brasil saltaram de US$ 6 milhões por ano, em 2009, para US$ 130 milhões. Um espetáculo de crescimento: 22 vezes.

"Hoje o Brasil é o segundo principal mercado para o UFC em todo o mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Isso mostra um pouco da importância estratégica dessa parceria. Construímos essa relação ao decorrer dos 11 anos de história do canal Combate. A consolidação dessa aproximação se mostra na nossa renovação de contrato, neste ano, que estende o acordo até 2027. Nesse sentido, seguimos transmitindo todas as edições do UFC ao vivo e na íntegra, com exclusividade no Brasil na maior parte desse conteúdo, já que algumas lugas preliminares também são exibidas no Sportv e outras principais, na TV Globo", afirma Pedro Garcia, diretor dos canais Sportv, Premiere, Combate, PFC e +Globosat.

Garcia não divulga números sobre faturamento e assinantes. "Mas eu posso dizer que você tem bons informantes", arremata.

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