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Na Globo, protesto violento agora tem 'pretexto', não 'motivo'

Fernando Frazão/Agência Brasil

Jovem caminha entre objetos queimados em protesto contra a morte de moradora de morro do Rio - Fernando Frazão/Agência Brasil

Jovem caminha entre objetos queimados em protesto contra a morte de moradora de morro do Rio

DANIEL CASTRO

Publicado em 1/4/2014 - 20h33
Atualizado em 2/4/2014 - 6h40

Em e-mail distribuído à cúpula dos noticiários da Globo, Silvia Faria, segunda executiva na hierarquia do jornalismo da emissora, recomendou o uso do termo "pretexto", ao invés de "motivo", para noticiar manifestações violentas ou que causam grandes transtornos.

Diretora da Central Globo de Jornalismo, Faria constata no e-mail que a emissora tem "usado de forma inadequada o termo 'motivo'". "Ônibus queimados, depredações de instalações diversas, tráfego interrompido por manifestantes e/ou vândalos têm sido tratados como 'motivo' (para protestos pela morte considerada injusta de alguém, serviços públicos insatisfatórios etc.)", relata.

Em seguida, Faria vai ao ponto principal: "Quando usamos 'motivo', passamos a ideia de que o ato está justificado, explicado. Já 'pretexto' dá uma ideia mais próxima desse tipo de atitude".

O e-mail foi endereçado aos diretores regionais de jornalismo da Globo, entre eles os líderes das coberturas em São Paulo, Rio e Brasília, e a duas altas profissionais da Globo News, que repassaram a apresentadores e a seus principais auxiliares.

Nem todos os profissionais receberam bem a nova ordem. Para alguns, a notícia do protesto no Morro da Congonha, no Rio de Janeiro, contra a morte de uma moradora por policiais militares, que a arrastaram em uma viatura, teria um "pretexto", e não um "motivo", porque uma avenida foi bloqueada e isso causou transtorno a milhares de pessoas.

O e-mail de Silvia Faria é de 23 de março, um domingo, cinco dias depois do protesto contra a morte da moradora do Morro da Congonha. 

Apesar da recomendação, o termo "pretexto" ainda não foi usado como sinônimo de "motivo" nos principais telejornais de rede da Globo. É que não ocorreram manifestações violentas desde então.

Procurada, a Comunicação da Globo não comentou a recomendação.

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