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Memória da TV

Há 31 anos, Criança Esperança tinha Os Trapalhões e ficava nove horas no ar

Reprodução/Globo

Renato Aragão durante a transmissão do primeiro show do Criança Esperança, em 1986 - Reprodução/Globo

Renato Aragão durante a transmissão do primeiro show do Criança Esperança, em 1986

REDAÇÃO

Publicado em 19/8/2017 - 6h54

O show do Criança Esperança que vai ao ar neste sábado (20) à noite terá pouco ou nada a ver com as primeiras edições do evento beneficente, exibido pela Globo desde 1986. No início, não era nem um programa independente: o Criança Esperança começou como parte do especial de 20 anos de Os Trapalhões, desenvolvido a partir de um espetáculo encabeçado por Renato Aragão. A Unesco, que fica com os recursos arrecadados, só entrou no projeto 18 anos depois, em 2004.

O Criança Esperança teve sua edição de estreia um ano depois da primeira empreitada social da Globo. Em 1985, Renato Aragão quis ajudar seus conterrâneos que enfrentavam a seca no Ceará. A emissora gostou da ideia e criou o programa assistencialista SOS Nordeste, com artistas se apresentando e pedindo doações. A ideia deu certo, e no ano seguinte esses esforços foram direcionados às crianças do Brasil.

No primeiro ano, o Criança Esperança foi exibido em 28 de dezembro, bastante focado em entretenimento, com participação de muitos atores, cantores e versões especiais de atrações de sucesso da emissora, como Os Trapalhões e Viva o Gordo.

Renato Aragão, hoje convidado de honra, era o grande mestre de cerimônias _em 1986, ainda ao lado de seus colegas de Or Trapalhões. Durante toda a primeira década do evento beneficente, quando não entrava no palco de modo espalhafatoso (como saindo de uma nave ou descendo por um cabo de aço), ele chamava a atenção dias antes do show: já até subiu no Cristo Redentor.

Relembre outras curiosidades e fatos que marcaram a estreia e os 31 anos de Criança Esperança:

reprodução/globo

O elenco do humorístico Os Trapalhões comemorou 20 anos na Globo no Criança Esperança

Nove horas no ar
Duração não foi problema para a primeira edição do evento. Chamado de 20 Anos de Trapalhões - Criança Esperança, o programa teve nove horas e 28 blocos. Ao longo de todo esse tempo, houve espaço para apresentações de Roberto e Erasmo Carlos, participações de atores como Dercy Gonçalves e José Mayer e edições especiais de atrações como Xou da Xuxa, Viva o Gordo e Cassino do Chacrinha.

reprodução/globo

Cesar Filho entrevistou Cláudia Abreu no palco da edição de 1998 do Criança Esperança 

Apresentadores inusitados
Nos momentos em que Renato Aragão não estava no palco para pedir doações, outros artistas comandavam o Criança Esperança nos anos 1980 e 1990. Alguns nem fazem mais parte da Globo, como Sérgio Mallandro, João Kléber e Cesar Filho. Fausto Silva também teve funções diferentes da que exerce hoje no Domingão. Em 1991, ele foi entrevistar crianças de rua.

reprodução/globo

Renato Aragão beijou uma das mãos do Cristo Redentor para agradecer doações em 1991

Estripulias de Aragão
Renato Aragão costumava fazer de sua participação no Criança Esperança um show à parte. Em 1991, ele gerou uma das imagens mais marcantes do evento: subiu em um braço do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e beijou a mão da estátua para agradecer as doações.

Um feito desse nível nunca foi repetido, mas o humorista continuou com suas entradas em grande estilo. Dois anos depois, ele desceu da cúpula do Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, pendurado em um cabo de aço. Em 1997, com ajuda de efeitos especiais, Aragão foi "transportado" do Dedo de Deus, em Teresópolis, para o palco do Criança Esperança.

divulgação

O músico Roger Waters, ex-Pink Floyd, doou um violão autografado para o evento da Globo

Roger Waters no Criança Esperança
Ao longo das três décadas, vários famosos doaram objetos pessoais para leilões, com o objetivo de arrecadar fundos para o Criança Esperança. Entre eles, Ayrton Senna, Fátima Bernardes, Regina Casé e até Roger Waters. Em 2002, o roqueiro, que foi um dos fundadores do Pink Floyd, doou um violão autografado. A CBF também já colaborou com o projeto, com R$ 200 mil em 2008.

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Xuxa levou sua filha, Sasha, para cantar ao seu lado durante a edição de 2005 do show

Números musicais
Ainda hoje, as apresentações musicais do Criança Esperança são muito aguardadas pelos fãs e contam com produção especial da Globo. Mas, no passado, a pompa era ainda maior. Xuxa foi uma das grandes estrelas. Em 1998, até cantou uma música composta especialmente para o evento. Ela surpreendeu novamente em 2005, quando se apresentou ao lado de sua filha, Sasha, cantando Lua de Cristal. Foi a estreia da menina nos palcos.

Entre os números inusitados (e por que não bizarros), dois se destacam: em 2007, os cantores Felipe Dylon e Perlla (ambos então no auge de suas carreiras) fizeram uma versão da trilha sonora do filme High School Musical, sucesso do Disney Channel. Já Claudia Leitte encarnou Michael Jackson e cantou com vigor a música They Don't Care About Us, famosa pelo clipe que o cantor gravou no Brasil. 

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