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NOVELA VOLTA HOJE

Friends, Tô Nem Aí e salário de R$ 240: como era o mundo de Celebridade

Fotos: Divulgação

Matt LeBlanc e Jennifer Aniston em Friends, Malu Mader em Celebridade e a cantora Luka - Fotos: Divulgação

Matt LeBlanc e Jennifer Aniston em Friends, Malu Mader em Celebridade e a cantora Luka

LUCIANO GUARALDO

Publicado em 4/12/2017 - 5h17

Para promover a novela Celebridade, que volta a ser exibida nesta segunda-feira (4) no Vale a Pena Ver de Novo, a Globo exibiu comerciais que mostravam o sucesso de Maria Clara Diniz (Malu Mader) nas redes sociais: na vinheta, ela tem 8,4 milhões de seguidores no Instagram e sua vida é retratada por meio de emojis. O anúncio não poderia ser mais distante de como o mundo era na época de Celebridade. Em 2003, quando a novela estreou, o aplicativo de fotos ainda estava longe de existir.

Levar uma vida de luxo como Maria Clara também era uma realidade para poucos, já que o salário mínimo da época era de apenas R$ 240 (atualmente é de R$ 937). Não é de se estranhar que Darlene (Deborah Secco) e Jacqueline Joy (Juliana Paes) queriam tanto a fama: pagar as contas só com o que recebiam como manicures não era tarefa fácil.

E, enquanto as periguetes do Andaraí estavam dispostas a qualquer coisa para conseguir uma vida de glamour, o galã brasileiro Rodrigo Santoro começava a trabalhar pesado para se tornar um astro internacional: em 2003, ele saiu no meio de Mulheres Apaixonadas (exibida antes de Celebridade) para trabalhar em Hollywood. O ator só foi voltar às novelas no ano passado, na primeira fase de Velho Chico.

Se hoje Santoro brilha em Westworld, em 2003 ele ficaria bem longe do sucesso caso trabalhasse na HBO. Na época, os cinco programas mais vistos da TV norte-americana eram CSI, Friends (em sua última temporada), Plantão Médico e os realities American Idol e O Aprendiz. Nenhum deles continua no ar _o American Idol retornará no ano que vem, depois de ser cancelado em 2016.

Já o nadador Caio (Théo Becker) e o bombeiro Vladimir (Marcelo Faria), amantes do esporte e das atividades físicas, ainda estavam se acostumando com as mudanças no regulamento do futebol: 2003 foi o ano em que o Campeonato Brasileiro passou a ser disputado no esquema de pontos corridos. Hoje, o conceito de uma grande final no torneio nacional parece um conceito bem distante. 

reprodução/tv globo

Laura (Claudia Abreu) em vinheta da Globo repleta de emoticons: redes sociais, nem pensar

Nem aí
Como Maria Clara Diniz circulava entre figurões da indústria musical, contracenando com Roberto Carlos, Julio Iglesias, Rita Lee e Alanis Morissette, era bem provável que a empresária tenha ido atrás da cantora Luka, que na época bombava com o hit Tô Nem Aí. Lançado em 2003, o álbum de estreia de Luka vendeu mais de 1 milhão de cópias e foi certificado como disco de platina. Mas o sucesso foi passageiro, e o terceiro álbum da cantora, de 2009, vendeu menos de 5 mil.

Naquela época, saber mais sobre a vida de seus desafetos não era tarefa fácil. A vilã Laura Prudente da Costa (Claudia Abreu) não tinha como stalkear Maria Clara na internet: afinal, o orkut e o Facebook só surgiram em 2004; o Twitter, em 2006. WhatsApp? Surgiu em 2009. O Instagram deu as caras apenas em 2010 e o Snapchat no ano seguinte. Para perseguir a rival, só na vida real mesmo.

Darlene também não poderia procurar um namorado rico em aplicativos, já que o Tinder só foi criado em 2012. Aliás, mesmo que a manicure conseguisse dinheiro para comprar um celular, ele não teria acesso à internet. O modelo mais popular da época era o Nokia 1100, que só fazia ligações, mandava SMS e, para entretenimento, oferecia o jogo da cobrinha. O primeiro iPhone só seria lançado em 2007.

Uma pessoa que não precisava de aplicativos para achar um amor era a atriz Júlia Lemmertz, intérprete de Noêmia. Na época, ela era casada com Alexandre Borges, que fazia o jornalista Cristiano Reis, seu par na novela. Celebridade foi a última novela em que os dois fizeram par romântico _o casamento chegou ao fim em 2015.

divulgação/tv globo

Hugo Carvana vivia o empresário Lineu: assassinado na novela, o ator morreu em 2014

Saudade
O retorno de Celebridade também deve despertar saudade no público por conta de três atores que já morreram: Hugo Carvana (1937-2014) interpretava o ricaço Lineu Vasconcelos; Nildo Parente (1936-2011) era Wanderley, o dono da banca do Andaraí; já Nelson Dantas (1927-2006) fez sua última novela como o advogado Alcir.

Nos bastidores, outra perda: a autora Leonor Bassères (1926-2004), principal colaboradora de Gilberto Braga, morreu de câncer no pulmão no decorrer da novela. Braga convidou o parceiro Ricardo Linhares para se juntar à equipe e ajudá-lo a escrever a obra até o fim. O último capítulo fez uma homenagem à escritora.

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