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Dono da Fox, magnata assume canal de notícias após escândalo sexual

Reprodução/YouTube

O executivo Rupert Murdoch em entrevista para jornal australiano; ele assume a Fox News - Reprodução/YouTube

O executivo Rupert Murdoch em entrevista para jornal australiano; ele assume a Fox News

REDAÇÃO

Publicado em 21/7/2016 - 17h42

A 21st Century Fox confirmou nesta quinta-feira (21) que o executivo Roger Ailes não é mais o presidente do canal de notícias Fox News, líder do segmento nos Estados Unidos. Quem assume seu lugar é o magnata Rupert Murdoch, acionista majoritário da News Corp., um dos maiores conglomerados de mídia do mundo, controlador dos canais Fox, além de jornais, revistas, estúdios de cinema e operadoras de TV por assinatura em vários países.

Com 20 anos de Fox News, Ailes foi afastado após ser acusado de assédio sexual por duas apresentadoras. Uma delas, Gretchen Carlson, o está processando Justiça. "Roger Ailes deu uma extraordinária contribuição para nossa empresa e nosso país", disse Murdoch em comunicado.

Roger Ailes em entrevista para programa da Fox News

Ailes era presidente do canal desde 2005. Assumiu o posto no lugar de Lachlan Murdoch, filho de Murdoch, ter sido promovido para a 21st Century Fox. O executivo foi responsável por colocar a Fox News na liderança entre os canais de notícias norte-americanos, apostando em viés político mais conservador. Ele era um dos homens mais bem pagos da TV dos EUA,. De acordo com a revista Forbes, ganhou US$ 21 milhões em 2012.

Segundo a New York Magazine, o próprio Murdoch pediu a cabeça de Ailes. Ele contratou uma firma de advocacia que instaurou uma investigação na Fox News para verificar se a acusação de Gretchen era verídica. A apresentadora diz no processo que foi demitida, em 23 de junho, por recusar "investidas sexuais" de Ailes.

Ailes estava usando celebridades do canal para limpar sua imagem na imprensa, exaltando o ambiente de trabalho amigável proporcionado pela Fox News. O objetivo era desmoralizar Gretchen e diminuir a força do processo que ela move. Mas a investigação do escritório de advocacia e uma nova acusação de assédio, da jornalista Megyn Kelly, o enfraqueceram.

Os investigadores receberam várias ligações de mulheres que também dizem ter sofrido abuso do presidente da Fox News. Nancy Smith, uma das advogadas de Gretchen, disse para a New York que Ailes é o "Bill Cosby da mídia", em referência ao comediante acusado de abuso sexual.

Gretchen relata no processo judicial que, numa conversa com Ailes, em setembro de 2015, reclamou das atitudes do chefe. Disse que as considerava impróprias para o ambiente de trabalho. Na ocasião, ele teria dito a ela: "Acho que eu e você deveríamos ter tido uma relação sexual há muito tempo. Você ficaria melhor e eu também". Gretchen conta que recusou a proposta, o que lhe teria gerado sabotagens e culminado com sua saída da empresa.

No último dia 7, Ailes divulgou uma nota negando a acusação. "Esse processo é uma retaliação contra a decisão da Fox News de não renovar o contrato dela, ação tomada porque a programação vespertina do canal estava sendo afetada pelos números decepcionantes de audiência do seu programa", afirmou.

Reviravolta

Na última terça-feira (20), antes da notícia do afastamento de Ailes, a New York publicou que a jornalista Megyn Kelly também teria sido abusada sexualmente pelo executivo. Principal apresentadora da Fox News, Megyn é uma das maiores estrelas do jornalismo americano. Seu contrato com o canal deve ser revovado por US$ 20 milhões (R$ 65 milhões) anuais. A acusação de Megyn foi crucial para a queda de Ailes.


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