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Domingo de protestos

Audiência cai, e Record suspende transmissão de manifestações

Reprodução/TV Record/@RickSouza_

Rodrigo Faro e Reinaldo Gottino dividem tela na cobertura das manifestações pela Record, às 15h30 - Reprodução/TV Record/@RickSouza_

Rodrigo Faro e Reinaldo Gottino dividem tela na cobertura das manifestações pela Record, às 15h30

DANIEL CASTRO

Publicado em 15/3/2015 - 18h24

A TV que deu o maior espaço para as manifestações contra o governo Dilma Rousseff neste domingo (15) foi uma emissora da "base aliada" do governo. Controlada pela Igreja Universal do Reino de Deus, que domina o PRB (Partido Republicano Brasileiro), integrante da coligação que reelegeu Dilma em 2014, a Record foi a única emissora que alterou sua grade de programação para transmitir os protestos. Dedicou quase três horas e meia de cobertura ao vivo, cortando dois programas competitivos, mas parou as transmissões quando viu a audiência cair e a vice-liderança, ameaçada. As concorrentes Globo e SBT apenas transmitiram flashes nos intervalos e boletins.

A cobertura da Record não escondeu que os protestos eram contra Dilma Rousseff. O âncora da cobertura, Reinaldo Gottino, no entanto, talvez pelo excesso de tempo no ar, insistia que as manifestações também eram pela "liberdade de impressa e de expressão". Mas, no geral, fez uma apresentação correta, sem exageros nem omissões.

A Record teve bons momentos no Ibope com a cobertura. Começou a transmitir ininterruptamente às 12h55 e chegou a liderar em vários momentos. Às 13h39, por exemplo, tinha 11,7 pontos contra 8,1 da Globo, segundo dados preliminares. Às 14h53, a Record interrompeu o plantão de jornalismo para "pagar" intervalos comerciais e merchandisings do reduzido Domingo Show, de Geraldo Luís. Mesmo assim, continuou apresentando flashes das manifestações.

A emissora voltou a cobrir as manifestações ininterruptamente às 15h30. Fez o apresentador Rodrigo Faro trabalhar em pleno domingo, para "costurar" o jornalismo com a entrada de quadros gravados do programa Hora do Faro. Estava preparada para ir ao vivo da avenida Paulista até as 18h, mas cessou a cobertura às 16h19.

Motivo? O púb audiência caiu de uma média de 12 para 10 pontos. A Record viu o programa de Eliana, no SBT, ameaçar sua vice-liderança. No domingo anterior, o programa de Rodrigo Faro estava dando mais audiência na faixa das 16h do que os protestos de hoje.

As manifestações praticamente sumiram da Record. Voltaram apenas em um flash às 16h38. Na média das quase três horas e meia de transmissões ao vivo, a Record registrou 10 pontos, apenas um décimo a mais do que no domingo passado. No mesmo horário (13h55/16h19), a Globo registrou 12 pontos (12,2 no domingo anterior) e o SBT, 7,4 pontos (5,7 em 8 de março).

A Globo optou por uma cobertura mais "econômica", com flashes nos intervalos dos programas, ancorados por Poliana Abritta. Os repórteres da emissora, contudo, informavam o tempo todo que os manifestantes pediam o impeachment de Dilma Rousseff. O SBT fez flashes nos intervalos e um boletim de 25 minutos a partir das 16h37.

Na Globo, chamou a atenção a má qualidade das imagens geradas por mochilinks. Como na cobertura das manifestações de junho de 2013, as emissoras foram cautelosas. Temendo agressões, poucos repórteres se aventuraram a cobrir os protestos do chão, junto ao público. 


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