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Alô, Terezinha!

Após três décadas, por onde andam as estrelas do Cassino do Chacrinha?

Nelson Di Rago/Memória Globo

Abelardo Barbosa, o Chacrinha, em foto de arquivo do programa Cassino do Chacrinha - Nelson Di Rago/Memória Globo

Abelardo Barbosa, o Chacrinha, em foto de arquivo do programa Cassino do Chacrinha

LUCIANO GUARALDO

Publicado em 24/7/2017 - 5h28

Um dos programas mais populares da década de 1980, o Cassino do Chacrinha animou as tardes de sábado da Globo de 1982 a 1988. Entre bacalhau, buzinas e abacaxis, Abelardo Barbosa (1917-1988) recebia calouros e atrações consagradas. De medalhões como Roberto Carlos à rebolativa Gretchen, todo mundo passou pelo Cassino. Alguns nomes, porém, eram habitués do Velho Guerreiro _e, 30 anos depois, muita coisa mudou para eles.

Os roqueiros do Titãs, por exemplo, seguem na ativa e na mídia, mas com uma formação bem diferente daquela que tocava no palco de Barbosa. Agepê (1942-1995), outro cantor frequente da atração, nem está mais vivo.

A cantora Simone, por sua vez, costuma ser lembrada na época do Natal. E músicos como Byafra e Kátia só dão as caras na televisão em quadros que celebram artistas do passado, como o Ding Dong, do Domingão do Faustão.

O saudosismo por Chacrinha é tão grande que, em agosto, está prevista no canal Viva a exibição do especial Chacrinha, o Eterno Guerreiro, com Stepan Nercessian à frente do projeto. A Globo vai transmitir a atração em setembro.

Confira o que aconteceu com dez estrelas do Cassino do Chacrinha:

divulgação

Branco Mello, Sérgio Britto e Tony Bellotto (à frente) com os novatos Mário Fabre e Beto Lee

Titãs
A banda Titãs fez apresentações tão marcantes no programa do Chacrinha que foi até retratada no musical sobre o Velho Guerreiro, encenado entre 2014 e 2015. Mas, na década de 1980, os roqueiros eram bem diferentes: além de 30 anos mais jovens, os integrantes eram oito.

Hoje, apenas Branco Mello, Sérgio Britto e Tony Bellotto continuam; Arnaldo Antunes, Nando Reis, Charles Gavin e Paulo Miklos deixaram o conjunto. Já o guitarrista Marcelo Fromer morreu atropelado em 2001.

divulgação

O guitarrista Cícero Pestana (ao centro) é o único integrante do Dr. Silvana que segue na banda

Dr. Silvana & Cia.
Outra banda que batia cartão no palco do Cassino era a Dr. Silvana & Cia., donos do hit Serão Extra (do refrão "Eu fui dar, mamãe, fui dar um serão extra, trabalhei com o patrão"). Letras de duplo sentido já faziam muito sentido nos anos 1980.

A Dr. Silvana segue na ativa, mas apenas o guitarrista Cícero Pestana continua. Em 2015, para celebrar 30 anos de estrada, a formação atual gravou um DVD com o vocalista original, Ricardo Zimetbaum, e o baterista Edu Lissovsky.

reprodução/facebook

Ícone dos anos 1980, quando ostentava cabelão, o cantor Marcelo posa com a mulher, Andréa

Marcelo
O carioca Marcelo Costa Santos adotou somente o primeiro nome na carreira artística, e foi como Marcelo que fez sucesso no Cassino. Cantor de sucessos como Abre Coração e Estrela do Meu Clip, ele foi um fenômeno na década de 1980, com fãs que faziam de tudo para abraçá-lo _à revista TV Ilusão, contou que uma seguidora chegou a morder sua orelha.

Afastado da mídia, ele lançou em 2009 o CD Ciclos. A faixa-título é uma regravação de Circles, do eterno beatle George Harrison (1943-2001), de quem foi parceiro musical após o fim do quarteto de Liverpool.

divulgação/gshow

A cantora Kátia durante sua participação no Ding Dong, do Domingão do Faustão, em maio

Kátia
Kátia Garcia Oliveira começou sua carreira com um padrinho de peso, o cantor Roberto Carlos. Chegou ao auge de sua carreira já na fase final do Cassino, em 1987, com a faixa Qualquer Jeito _a do refrão "Não está sendo fácil".

Em maio, Kátia participou do Ding Dong e recebeu uma declaração de carinho de Faustão, já que ela também marcava presença no Perdidos na Noite (1984-1988).

reprodução/recordtv

A cantora Cláudia Telles em depoimento à versão carioca do Cidade Alerta, no ano passado

Cláudia Telles
A carioca Cláudia Telles tem a música na veia: ela é filha do violonista Candinho e da cantora Sylvinha Telles, uma das precursoras da bossa nova. Foi backing vocal de Roberto Carlos, Gilberto Gil e Jorge Ben até se lançar em carreira solo.

No palco do Chacrinha, apresentou hits como Fim de Tarde e Eu Preciso Te Esquecer. Cláudia ainda se apresenta ocasionalmente, em shows que relembram os velhos tempos. Ela também trabalha como fotógrafa.

divulgação/Lívio campos

O cantor Byafra voltou aos holofotes após ser atingido por um parapente em um vídeo na web

Byafra
Até o nome de Byafra mudou nesses 30 anos: antes, ele assinava Biafra, mas decidiu trocar o "i" por um "y" por causa de uma guerra civil na Nigéria batizada com seu apelido _seu nome verdadeiro é Maurício Pinheiro Reis. Mas o sucesso não era nenhum conflito nos anos 1980, quando lançou Leão Ferido e Sonho de Ícaro.

Foi com a segunda música, aliás, que Byafra voltou ao estrelato após um tempo longe dos holofotes: em 2009, um vídeo postado no YouTube viralizou e virou atração do Pânico (então na RedeTV!); o clipe mostra o cantor sendo atingido por um parapente enquanto entoa a canção.

divulgação

Dono do hit Charlie Brown, Benito di Paula segue na ativa após superar 'depressão do metrô'

Benito di Paula
Nascido Uday Vellozzo, Benito di Paula fez sucesso com as canções Charlie Brown, Retalhos de Cetim e Mulher Brasileira, entre tantas outras. A carreira no Brasil deu tão certo que ele se lançou no exterior, fazendo shows em toda a América Latina, nos Estados Unidos e até no Japão.

Em 2014, voltou à mídia por uma notícia não relacionada à música: ele entrou em depressão após ter que sair da casa onde morou durante anos para que uma linha de metrô fosse construída. Depois de superar a fase difícil, lançou neste ano o CD Essa Felicidade É Nossa, com dez composições novas e duas releituras.

divulgação

Depois de vender milhões de discos nos anos 1980, Simone ficou marcada por Então É Natal

Simone
Uma das cantoras que mais vendeu discos na década de 1980, Simone chegou a fazer um show para 220 mil pessoas. Ela era tão popular que, assim como Roberto Carlos, teve um especial de fim de ano na Globo em 1989.

Mas sua carreira ficou marcada mesmo pelo disco 25 de Dezembro, lançado em 1995 _muito depois do fim do Cassino. O primeiro CD brasileiro só com músicas de Natal é até hoje tocado em festas de fim de ano, e Simone nunca conseguiu superar o hit Então É Natal _ela alega até ter sofrido bullying por causa da canção.

A cantora completou 40 anos de carreira em 2015 e, para celebrar, fez uma turnê nacional com ingressos extremamente populares, que custavam apenas R$ 1.

divulgação

O ator e cantor Evandro Mesquisa (ao centro) com a formação mais recente da banda Blitz

Blitz
Formada em 1982 no Rio, a banda tinha nomes como Evandro Mesquita, Fernanda Abreu e Lobão (que saiu do grupo antes mesmo do sucesso por divergências com os outros integrantes). Além de marcar presença no Chacrinha, a Blitz também ganhou um especial na Globo, o musical Blitz Contra o Gênio do Mal, em 1984.

No ano seguinte, os integrantes tocaram no primeiro Rock in Rio e decidiram se separar, fazendo apenas reuniões esporádicas _em uma delas, Maíra Charken serviu como backing vocal. O grupo voltou à ativa em 2009, sem Fernanda Abreu, e segue fazendo shows. Em setembro, inclusive, tocará novamente no Rock in Rio.

reprodução/youtube

O cantor Agepê morreu em 1995; até hoje, é lembrado pelo sucesso Deixa Eu te Amar

Agepê
Antônio Gilson Porfírio era chamado pelos amigos de AGP, suas iniciais. O apelido pegou e virou nome artístico. Com o sucesso Deixa Eu te Amar, teve o primeiro disco de samba a vender mais de 1 milhão de cópias no Brasil.

Gravando sambas com uma pegada romântica, ele também fazia parte do time de compositores da escola de samba carioca Portela.

Agepê morreu em 30 de agosto de 1995, depois de passar dois dias em coma. Ele havia sido internado por conta de uma úlcera agravada por diabetes.

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