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De volta a 1978

Controle remoto e toca-fitas eram novidades no ano de Boogie Oogie

Reprodução/TV Globo

Isis Valverde usa telefone em cena de Boogie Oogie, novela das seis da Globo ambientada em 1978 - Reprodução/TV Globo

Isis Valverde usa telefone em cena de Boogie Oogie, novela das seis da Globo ambientada em 1978

EDUARDO BONJOCH

Publicado em 9/8/2014 - 17h33
Atualizado em 14/8/2014 - 0h30

RESUMO: No ano em que se passa Boogie Oogie, as opções de eletroeletrônicos eram bem limitadas. TV a cores com controle remoto era um sonho de consumo para se ver a Copa do Mundo da Argentina. Toca-discos 3 em 1 e toca-fitas eram os iPods da época. O carro do ano era o Passat Surf. O primeiro videogame dos brasileiros tinha apenas três joguinhos rudimentares

Esqueça a internet, o celular e todos os adoráveis brinquedos portáteis e comodidades tecnológicas que você já não consegue mais ficar longe. Em 1978, ano em que se passa a trama de Boogie Oogie, nova novela das seis da Globo, nada disso existia.

No ano em que o Brasil dançou ao som da discoteca e Sônia Braga brilhava no cinema e na TV, as opções de eletroeletrônicos eram bem limitadas. Mas já chamavam bastante a atenção, principalmente do público jovem. A seguir, como era a vida tecnológica e quais eram os sonhos de consumo dos brasileiros em 1978:

TV em cores (e com controle remoto)

Assim como nos dias atuais, o desejo de comprar uma TV para assistir à Copa do Mundo fazia parte dos brasileiros. Nada era mais chique na época do que ver o Mundial da Argentina em um televisor de 20 ou 26 polegadas (foto) em cores.

E se tivesse controle remoto, então, a festa estava completa. O acessório, tão comum nos dias de hoje, era bem maior e só acompanhava os televisores mais sofisticados. Uma propaganda da Telefunken anunciava que não se precisava mais "usar os pés" para aumentar volume, trocar de canal ou desligar o aparelho. A tecla “Mute”, que elimina o som do canal, e a opção de retornar ao ajuste anterior, eram anunciados como diferenciais.

A febre do 3 em 1

Paixão dos jovens, o aparelho de som 3 em 1 tinha tudo o que eles precisavam: toca-discos, tape-deck, sintonizador de FM e duas caixas acústicas. Gravar as melhores músicas dos discos de vinil e até os sons que tocavam nas rádios FM em fitas cassete era uma grande diversão. E gravar os discos dos colegas também. Muitas dessas fitas, normalmente de 60 minutos, tornaram-se companheiras inseparáveis de seus donos, principalmente no carro, em viagens e festinhas.

Quem tinha mais grana torcia o nariz para os aparelhos 3 em 1, alegando baixa fidelidade sonora. Esse público mais exigente não abria mão das soluções modulares, com amplificador/sintonizador AM/FM, toca-discos e tape-deck (um ou mais, para garantir a cópia de cassetes) independentes.

Passat Surf com toca-fitas para impressionar

Moderno e esportivo, o Passat Surf era o carro dos sonhos dos jovens em 1978. E claro que um carro desse tipo precisava de um toca-fitas à altura, para ouvir os cassetes com os sucessos dos Bee Gees, Village People, Rita Lee ou as trilhas das novelas O Astro e Dancin’ Days, sucessos de venda naquele ano.

As fitas cassete, para quem não as conheceu, não oferecem a facilidade de apertar uma tecla e encontrar a música que o usuário procura. Era preciso buscar na raça, avançando ou regredindo nas funções rápidas, até achar o ponto de início de cada faixa.

Os toca-fitas da brasileira Motoradio estavam entre os mais vendidos. Top de linha da categoria, os modelos com auto-reverse, que dispensavam a remoção do cassete para a reprodução do outro lado da fita, só se tornariam mais populares nos anos 1980.

Telefone em casa: sinônimo de status

Ter uma linha de telefone em casa era sinal de status nos tempos da discoteca. E, a partir de meados dos anos 1980, tornou-se um grande investimento. Em 1978, os aparelhos traziam um disco giratório, que rodava até o ponto de cada número para completar a ligação. Modelos com teclado só chegariam com força na década seguinte. Na rua, a opção de comunicação eram os orelhões, que ganharam as calçadas e o visual atual no início dos anos 1970.

Relógio digital: o queridinho dos portáteis

Muito antes da revolução dos smartphones e tablets, os relógios de pulso digital já faziam sucesso entre o público jovem com vocação tecnológica. Chamados na época de relógios eletrônicos, traziam funções diferentes, como calculadora, calendário e cronômetro. Por outro lado, algumas pareciam meio inúteis, como a possibilidade de saber a hora em mais de 90 países. Fabricantes como a Casio e a Citizen ressaltavam ainda o mostrador luminoso, para ver as horas no escuro.

Telejogo: o primeiro videogame

Enquanto o videocassete e o Atari davam os primeiros passos nos EUA, por aqui, o aparelho que se conectava à TV para aumentar a diversão era o chamado Telejogo, da Philco. Lançado em 1977, o primeiro dos videogames a se popularizar no Brasil trazia apenas três joguinhos bem rudimentares em todos os sentidos (gráfico, sonoro, grau de dificuldade e até de entusiasmo): futebol, tênis e paredão. E detalhe: console e controles ficavam juntos no mesmo gabinete, impedindo qualquer experiência de mobilidade. Mas as crianças de 1978 adoravam.

Compartilhar foto, só pelo correio

Era mesmo muito difícil compartilhar fotos com um amigo no final dos anos 1970. Sem internet, computador ou câmera digital, o processo era lento e envolvia várias etapas. Depois bater a foto (as máquinas da linha Kodak Instamatic estavam entre as mais utilizadas), era preciso revelar o filme e se encontrar com o amigo para entregar a imagem ou enviar a ele pelo correio. E pensar que hoje se faz tudo com um único aparelho e em poucos segundos.


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