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Produtor de Homeland e 24 Horas critica continuação de Arquivo X

Gillian Anderson em cena da temporada de 2016 de Arquivo X, série da Fox -

Gillian Anderson em cena da temporada de 2016 de Arquivo X, série da Fox

DANIEL CASTRO, no Rio de Janeiro

Publicado em 10/3/2016 - 11h01

Produtor executivo de séries top como 24 Horas e Homeland, Howard Gordon não gostou da continuação de Arquivo X, no início deste ano, após um hiato de quase 14 anos. Ele só viu três dos seis episódios da nova temporada. E comparou a retomada a uma banda que volta a tocar depois de um longo período parada. "Como as velhas bandas de rock que se reúnem, você deve saber tocar, mas também a hora de parar", disse em painel no Rio Content Market, na manhã desta quinta-feira (10).

Howard fala com propriedade de Arquivo X. Ele trabalhou na série entre 1993 e 1997, como supervisor de produção, produtor executivo e coprodutor. Deixou-a para correr atrás de outros projetos. Em 2002, no mesmo ano em que a Fox encerrou Arquivo X pela primeira vez, entrou para o time de 24 Horas, um dos maiores sucessos da década passada. Depois da série de Jack Bouer, emplacou outro sucesso: Homeland, que está indo para a sexta temporada. Também está envolvido com Tyrant e a novíssima Second Chance.

Howard Gordon festeja Emmy de Homeland

Gordon foi entrevistado no Rio Content pelo jornalista Maurício Stycer, crítico do UOL. Ele citou o comediante Jerry Seinfeld ao comentar sobre o retorno de Arquivo X. Lembrou que Seinfeld recebeu inúmeras propostas milionárias para voltar com a comédia que fez sucesso nos anos 1990, mas sempre lembrou que seu pai dizia que o artista tem que saber a hora de deixar o palco.

Um tanto nostálgico, o roteirista e produtor também criticou o hábito de se assistir a temporadas de séries de uma só vez, chamado de binge watching, que está se tornando comum com o advento das plataformas online. 

"Assistir uma série durante oito horas ou passar o fim de semana vendo televisão não é legal", disse. Para Gordon, isso impede que as pessoas conversem no trabalho ou no transporte coletivo sobre seus programas preferidos. Se uma pessoa assiste aos oito episódios de um programa e outra, nenhum, não tem conversa, justificou. Apesar da crítica indireta à Netflix, Gordon não descartou trabalhar para o serviço de vídeos em streaming.

No painel do Rio Content, Gordon falou bastante sobre 24 Horas, que teve uma nova temporada em 2014, da qual ele participou. "A série refletia aquele medo pós-11 de Setembro", disse, sobre a época de seu lançamento, no ano seguinte aos ataques ao World Trade Center, em Nova York. Disse também que Homeland não foi criada para ser, conscientemente, um contraponto a 24 Horas, como muita gente acredita.


O jornalista Daniel Castro viajou a convite da organização do Rio Content Market


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