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O Comandante

Novelão, série sobre Hugo Chávez tem dramas risíveis e atores canastrões

Divulgação/TNT

O ator colombiano Andrés Parra é o político e militar Hugo Chávez na nova série da TNT - Divulgação/TNT

O ator colombiano Andrés Parra é o político e militar Hugo Chávez na nova série da TNT

JOÃO DA PAZ

Publicado em 5/3/2017 - 5h59

A produção colombiana Hugo Chávez, O Comandante apresenta a trajetória do político e militar venezuelano, morto em 2013, em clima de novelão, com atores canastrões, cenas dramáticas risíveis e personagens femininas secundárias, meramente ilustrativas. Com 60 episódios, a série censurada na Venezuela estreia no Brasil à 0h de desta segunda (6) para terça, na TNT, e será exibida diariamente.

O sotaque também é um dos problemas na atração, similar à controvérsia de Narcos, principalmente para os colombianos que não se identificaram com a dicção do brasileiro Wagner Moura. Na Venezuela, o ator colombiano Andrés Parra sofreu críticas parecidas por sua tentativa de imitar o jeito de falar de Hugo Chávez.

No elenco, são 600 atores de vários países da América Latina, e essa miscelânea causa estranheza para quem assiste aos episódios com áudio original e legendas.

Por mais que escorregue no sotaque, Parra é a única coisa boa da produção. Ele pegou bem os trejeitos de Chávez, e após algum tempo o telespectador consegue enxergar o líder bolivariano em sua performance. O elenco coadjuvante, no entanto, não ajuda e derruba a série. A dramaticidade das cenas, com exageradas caras e bocas, pode levar o telespectador ao riso.

Fora a história de Chávez, um militar que tenta um golpe de estado, fracassa, vai preso e que depois ascende ao poder pelo voto, nada mais é atrativo na série. As tramas secundárias não têm qualquer elemento interessante. A produção perde a oportunidade de discutir o crescimento da esquerda e o funcionamento da democracia nos países latino-americanos.

As mulheres em Hugo Chávez, O Comandante são estereotipadas. Uma jornalista, por exemplo, usa seu sex appeal para conseguir uma entrevista, e uma secretária diz que fará de tudo para agradar ao novo chefe.

Censurada
A série foi censurada na terra natal de Chavéz. A Comissão Nacional de Telecomunicações da Venezuela (Conatel) fez uma campanha agressiva no Twitter pedindo aos venezuelanos que denunciassem qualquer canal que ousasse exibir a obra, usando a hashtag #AquíNoSeHablaMalDeChávez (Aqui não se fala mal de Chávez). A Conatel bloqueou o sinal da RCN, rede colombiana de televisão que transmitiria a série para o país.

Com produção da Sony Pictures Television, a série mostra Hugo Chávez da infância até sua morte, ao longo de seis décadas na vida do político. Foram utilizadas mais de 230 locações nas filmagens, que tiveram aproximadamente 1.000 figurantes.


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