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Estudo revela por que as séries de TV têm protagonistas brancos

Divulgação/CBS

O ator Matt LeBlanc em cena de Man With a Plan; ex-Friends retorna em comédia da CBS - Divulgação/CBS

O ator Matt LeBlanc em cena de Man With a Plan; ex-Friends retorna em comédia da CBS

JOÃO DA PAZ

Publicado em 10/8/2016 - 17h17

A rede líder de audiência dos Estados Unidos está embranquecida. Das seis novas séries que a CBS estreará neste ano, todas têm como protagonistas homens brancos. Isso é reflexo dos bastidores. De acordo com levantamento feito pela Variety com 38 séries que estrearão na TV aberta dos Estados Unidos na próxima temporada, 90% dos showrunners (produtores que criam e desenvolvem as séries) são brancos _e 78% deles são homens.

Nesta quarta (10), no painel da CBS no seminário da TCA (Associação dos Críticos de Televisão dos Estados Unidos), o presidente da divisão de entretenimento da rede, Glenn Geller, foi massacrado, constantemente questionado sobre o porquê de tantos protagonistas brancos. A primeira pergunta para Geller foi direta: "Qual mensagem é transmitida [ao público] pelas suas novas séries, que são protagonizadas por homens heterossexuais?".

"Nós precisamos melhorar, sabemos disso", respondeu Geller, reconhecendo que o atual cenário não é o ideal. "Levando em consideração os protagonistas, realmente estamos menos diversificados do que no ano passado", ele admitiu. A frase "nós precisamos melhorar" foi repetida pelo executivo sete vezes durante sua participação no seminário.

Esse quadro mudará um pouco no que vem. A CBS estreará Doubt, com a atriz transexual Laverne Cox (de Orange Is the New Black) no elenco principal, ao lado da loira Katherine Heigl (ex-Grey's Anatomy). Já a adaptação do filme Dia de Treinamento (2001) terá o ator negro Justin Cornwell no elenco.

Diversificar ou normalizar?

Ter homens brancos como showrunners afeta diretamente a escalação de atores brancos como protagonistas _é o caso das seis séries da CBS.

A produtora Shonda Rhimes é uma das poucas exceções nesse universo. Ela é negra, faz sucesso e colocou uma atriz negra, Viola Davis, para estrelar How to Get Away with Murder, mas é mais reconhecida por trazer todo tipo de personagem em suas séries.

Shonda estará com um novo produto na próxima temporada: uma sequência de Romeu e Julieta, de William Shakespere. Chamada de Still Star-Crossed, o drama terá uma mulher negra e um homem negro entre os três protagonistas. Shonda tem o costume de rebater comentários que a elogiam por diversificar a TV. "Eu tenho uma palavra diferente: normalizar. Eu estou normalizando a TV, deixando a TV como o mundo é", disse a cineasta em um evento no ano passado.

Fato é que as redes abertas dos Estados Unidos estão se esforçando cada vez mais para diversificar os elencos, com mais espaço para as minorias. A Fox tem Empire, com elenco predominantemente negro. Comédia sobre uma família negra de classe alta, Blackish, da ABC, concorre ao Emmy de 2016. Em 2015, a NBC estreou Superstore, com personagens latinos, gays e com necessidades especiais. Uma das principais atrações da The CW, Jane The Virgin, é protagonizada por uma filha de porto-riquenhos.


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