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POLÊMICA COM APU

Dublador diz que Simpsons ofende igualmente a todos, até brasileiros

Reprodução/Fox

O indiano Apu (à dir.) interage com Homer em desenho Os Simpsons: estereótipo racista - Reprodução/Fox

O indiano Apu (à dir.) interage com Homer em desenho Os Simpsons: estereótipo racista

REDAÇÃO

Publicado em 13/1/2018 - 10h37

O ator Hank Azaria, dublador de vários personagens na animação Os Simpsons, afirmou que a série ofende a todas as classes e nacionalidades de maneira igual. "Republicanos, brasileiros, presidentes, diretores de colégio, italianos... Os produtores têm muito orgulho de nunca pedirem desculpa por nada disso", disse ele, durante entrevista para divulgar a segunda temporada da série Brockmire, na qual atua.

O assunto entrou na pauta porque Azaria é a voz original do indiano Apu, gerente do mercadinho da cidade de Springfield. No ano passado, o comediante Hari Kondabolu lançou um documentário chamado The Problem With Apu (O Problema com Abu, em tradução livre), no qual comenta a caracterização racista e quão problemático é ter um ator branco emprestando sua voz ao personagem.

Hank Azaria disse que assistiu ao documentário e que a ideia de que alguém possa ter sofrido bullying por causa de Apu é horrível. "Especialmente nos Estados Unidos pós-11 de setembro, saber que alguém é marginalizado por causa de sua origem, me chateia pessoal e profissionalmente", alegou.

Dublador do desenho há 29 anos, Azaria afirmou que sua intenção nunca foi provocar a população indiana. "A ideia era fazer as pessoas rirem, levar alegria para elas. Eu já disse outras vezes que não vejo Apu como um personagem de uma dimensão, um esteréotipo. Ele tem muitas qualidades. E, em uma comédia como Os Simpsons, a linha que separa o humor da ofensa é muito tênue."

Na sequência, Azaria citou alguns grupos que já se ofenderam com piadas dos Simpsons, inclusive os brasileiros _em 2002, um episódio que trouxe a família ao Brasil quase rendeu um processo ao mostrar Homer sendo sequestrado por um taxista e macacos andando livremente pelas ruas do Rio de Janeiro.

"Eu acho que, ao longo dos anos, os produtores do desenho fizeram um ótimo trabalho em ofenderem todo mundo de forma uniforme, sem diretamente passarem dos limites", defendeu.

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