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Riso e emoção

De Orange a Mom: veja cinco comédias com mais drama do que humor

Divulgação/Netflix

A atriz Laura Prepon na quarta temporada de Orange Is the New Black: comédia ou drama? - Divulgação/Netflix

A atriz Laura Prepon na quarta temporada de Orange Is the New Black: comédia ou drama?

JOÃO DA PAZ

Publicado em 26/6/2016 - 8h44

[Atenção: este texto contém spoilers]

A quarta temporada de Orange Is the New Black acaba de estrear na Netflix com a maior crise de identidade da TV: é comédia ou drama? Para a Academia de Televisão norte-americana, organizadora do Emmy, a série é dramática. Mas há outras premiações, como o Globo de Ouro, que colocam Orange nas categorias de comédia. Fato é que a série é apenas uma entre tantas atrações cômicas com uma boa dose de drama.

A mistura de riso com emoção está nestas cinco séries. Confira:

divulgação/netflix

Em Orange, Taylor Schilling interpreta uma patricinha em meio a centenas de prisioneiras

Orange Is the New Black, o drama do encarceramento

Produções ambientadas em prisões têm histórico de sucesso tanto no cinema quanto na TV. As séries Prison Break e Oz (1997-2003) são bons exemplos. O diferencial de Orange Is the New Black (Netflix) é mostrar como funciona uma cadeia feminina. A penitenciária Litchfield mistura patricinhas, como a loira Piper Chapman (Taylor Schilling), com mulheres de origem humilde, e explora os conflitos que acontecem devido ao claro choque cultural.

A série dedica tempo para contar as histórias detalhadas das presidiárias. De jovem delinquente a transexual, cada uma tem um passado mais dramático do que a outra. Orange também trata da corrupção no sistema prisional dos Estados Unidos e do abuso de poder dos carcereiros contra as detentas.

divulgação/cbs

Anna Faris (à esq.) e Allison Janney são filha e mãe ex-alcoólatras, respectivamente, em Mom

Mom, o drama do alcoolismo

Em entrevista à revista Variety, Chuck Lorre, um dos criadores de Mom (Warner), falou sobre o risco de lidar com assuntos densos, como alcoolismo, em uma comédia. "Eu confesso: é difícil. Mas tem sido uma das coisas mais recompensadoras que já fiz em minha carreira", disse o produtor-executivo de produções como The Big Bang Theory e Two and a Half Men (2003-2015). Mom conta a história de Christy Plunkett (Anna Faris), mãe solteira que decide largar o vício em álcool e drogas e recomeçar sua vida. Ela aceita um trabalho de garçonete e passa a participar de encontros dos Alcoólicos Anônimos.

Mom também trouxe à tona, em suas três temporadas, outros temas dramáticos, como câncer, deficiência física, gravidez na adolescência, adoção e morte por overdose. "Sinto que tenho que arriscar e fazer uma comédia que aborde situações que realmente acontecem nas vidas das pessoas", disse Lorre.

reprodução/fx

A depressão sofrida pela personagem de Aya Cash foi tema na comédia You're The Worst

You’re The Worst, o drama da depressão

O impacto causado pela segunda temporada de You’re The Worst (Fox 1) foi fortíssimo. Tudo caminhava bem na vida do casal Gretchen Cutler (Aya Cash), uma cínica empresária do mundo da música, e Jimmy Shive-Overly (Chris Geere), um escritor britânico que vivia em Los Angeles. Porém, a relação dos dois tinha um detalhe obscuro: Gretchen nunca passava a noite na casa do namorado, sempre escapava no meio da madrugada.

Aos poucos, You’re The Worst revelou a verdade sobre Gretchen: ela sofre de transtorno depressivo e escondia o problema de todos ao seu redor. A partir de então, a série discutiu como lidar com uma pessoa com forte depressão. A personagem ficava dias deitada, inerte, e tanto Jimmy quanto seus amigos não sabiam o que fazer, se era melhor deixá-la quieta ou tentar animá-la.

reprodução/abc

Julian de la Celle e Yara Shahidi em Blackish; namoro inter-racial entre uma negra e um branco

Blackish, o drama do preconceito racial

Uma das melhores comédias da atualidade acerta a medida entre o humor e o drama. Blackish (Sony) apresenta com frequência temas que afetam diretamente os negros. A premissa da série é uma família negra bem-sucedida que mora em um bairro de classe alta, com maioria de população branca. O chefão do clã, o publicitário Andre Johnson (Anthony Anderson), se esforça para manter viva a cultura black no cotidiano de seus quatro filhos. Ele se assusta, por exemplo, quando a menina mais velha, Zoey (Yara Shahidi), de 15 anos, aparece com um namorado branco e francês. Nessa oportunidade, a trama fez uma crítica bem-humorada ao racismo.

Na segunda temporada, a comédia aproveitou a onda de violência que negros norte-americanos vinham sofrendo em relação à polícia para fazer um episódio especial sobre o assunto. Outros temas controversos foram debatidos em Blackish, como a aceitação de uma lésbica na família. A personagem em questão, irmã de Andre, interpretada por Raven Symoné (de As Visões da Raven), ficou com receio de "sair do armário" para a mãe, uma cristã fanática.

divulgação/the cw

Na segunda temporada de Jane the Virgin, Gina Rodriguez interpretou uma mãe solteira

Jane the Virgin, o drama da mãe solteira

A premissa de Jane the Virgin (Lifetime) é mirabolante, mas traz resultado: as aventuras de uma virgem grávida. A história com um tom fantasioso, cheia de romances e ingenuidade, ganha um tom dramático na segunda temporada. Jane Villanueva (Gina Rodriguez) se tornou mãe de um bebê, chamado de Mateo, e precisou decidir o que fazer: ser dona de casa, voltar a trabalhar ou ir atrás do sonho de virar uma escritora profissional?

A jovem de 24 anos de idade escolheu as três opções. Não quis deixar de ser uma mãe dedicada ao filho, mas também não quis ficar sem emprego e muito menos abandonar o desejo de escrever um romance de sucesso. Só que ela não conseguiu administrar tudo ao mesmo tempo, uma atividade sempre atrapalhava a outra. A personagem chegou a ouvir que precisava optar por ser mãe por tempo integral ou ter uma carreira. Jane the Virgin também apresentou outros dramas, como imigração ilegal e depressão pós-parto.


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