Com teorias malucas, Westworld supera estreia de Game of Thrones

Grande aposta da HBO após o fiasco de Vinyl, Westworld chega ao final da primeira temporada neste domingo (4) como candidata a série sensação do ano. Até sua estreia, em outubro, esse posto era tranquilamente ocupado por Stranger Things, da Netflix. A atração futurista tem conquistado números de audiência maiores do que a primeira temporada de Game of Thrones e tem engajado o público com teorias malucas sobre sua trama um tanto incompreensível.

O primeiro episódio de Westworld já foi visto por mais de 12 milhões de norte-americanos. Em todas as plataformas da HBO, no dia da estreia, foram 3,3 milhões. Ou seja, a audiência quadruplicou em menos de dois meses. Segundo o canal, foi a melhor estreia desde a primeira temporada de True Detective, em 2014.

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Sem revelar números, o canal informa que a mistura de ficção científica com faroeste supera a estreia, em 2011, de Game of Thrones, hoje uma das séries mais vistas no mundo todo.

A seguir, três aspectos que tornam Westworld, já garantida em 2017, um grande hit de 2016:

A origem do personagem de Ed Harris, o Homem de Preto, gera diversas especulações

Trama bem construída
Assim como Mr. Robot e Game of Thrones, Westworld rendeu muitas hipóteses criadas por fãs sobre o que realmente estava acontecendo e aconteceria com os personagens da série. A estratégia de abrir espaço para as chamadas "teorias" não é nova (vide Lost), mas usá-la com precisão é o diferencial de Westworld.

A ideia desenvolvida pelos telespectadores mais atentos de que William (Jimmi Simpson) é na verdade o Homem de Preto (Ed Harris), numa versão 30 anos mais jovem, está para se concretizar. Tal hipótese foi construída porque o roteiro permitiu essa interpretação, e a cada episódio que se passava ela ganhava mais força.

O mesmo aconteceu com a ideia, já revelada como verdadeira, de que o programador Bernard Lowe (Jeffrey Wright) seria um robô feito à imagem e semelhança de Arnold, um dos fundadores do parque de diversões Westworld.

Anthony Hopkins e Thandie Newton em Westworld; presença certa no Emmy do ano que vem?

Atuação nível Emmy
Após o fim de cada episódio de Westworld, fãs da série entram no Twitter para expressar um pensamento comum: Thandie Newton tem que ganhar um Emmy. A atriz britânica dá vida à prostituta Maeve, um robô que faz de tudo para ganhar inteligência similar à dos humanos. Ela é colocada à prova em cenas desafiadoras, como atacar alguém ou mudar de feição em questão de segundos. E faz algumas dessas cenas totalmente nua.

Anthony Hopkins, o maquiavélico Robert Ford, também é digno de elogios. Ele se destaca pelos discursos afiados, ditos com um olhar suave e maldoso ao mesmo tempo. Tanto Hopkins quanto Thandie são apostas para o Emmy no ano que vem. Resta saber como a HBO irá inscrevê-los, como protagonistas ou coadjuvantes.

Bojana Novakovic e James Marsden em cenário de Westworld típico do Velho Oeste dos EUA

Mistura inusitada
A HBO é conhecida por fazer dramas fincados na realidade, como The Sopranos (1999-2007), The Wire (2002-2008) e True Detective. Porém, seu principal produto da atualidade (Game of Thrones) vem de uma história fantasiosa. Da mistura de ficção científica com faroeste surgiu Westworld, lançada como a possível sucessora de GoT, principalmente no quesito participação em grandes premiações.

Para admiradores de tramas cheias de alta tecnologia, com aparelhos eletrônicos ultramodernos e inovadores, Westworld é um prato cheio. Em contrapartida, esse maquinário todo está inserido em um contexto antiquíssimo de uma típica cidade do Velho Oeste norte-americano do século 19. O telespectador desavisado, que estiver trocando de canais e parar na HBO na hora de Westworld, poderá tranquilamente se confundir e pensar que está assistindo um filme de bang bang.

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