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Análise | Teledramaturgia

Balanço 2014: Em crise, telenovelas abrem espaço para séries na TV

Divulgação/TV Globo

Julia Lemmertz e Gabriel Braga Nunes em cena de Em Família, novela das nove da Globo - Divulgação/TV Globo

Julia Lemmertz e Gabriel Braga Nunes em cena de Em Família, novela das nove da Globo

RAPHAEL SCIRE

Publicado em 27/12/2014 - 7h19

O ano de 2014 começou promissor na teledramaturgia com a quebra do tabu do beijo gay, exibido no último capítulo da rocambolesca trama de Walcyr Carrasco, Amor à Vida (Globo). Mas, quem esperava por um ano repleto de histórias de tirar o fôlego, levou um banho de água fria: em geral, as novelas foram marcadas pela irregularidade, e algumas apostas fracassaram, como Em Família. Em crise, as telenovelas abriram espaço para séries e minisséries, como Dupla Identidade e Amores Roubados. 

As três novelas exibidas atualmente pela Globo _Boogie Oogie (18h), Alto Astral (19h) e Império (21h)_ são bastante ilustrativas do caráter capenga das produções deste ano. Embora não sejam de todo ruins, Boogie Oogie e Alto Astral sofrem com excessos de clichês da teledramaturgia nacional. Já Império, apesar de ter muitas qualidades, deu uma derrapada ao inserir elementos do universo fantástico em uma trama realista.

Veja a seguir os principais destaques do ano:  

Antonio Fagundes e Letícia Almeida, em cena de Meu Pedacinho de Chão, exibida pela Globo

Melhor direção: Meu Pedacinho de Chão (Globo)

O remake de Benedito Ruy Barbosa com direção de Luiz Fernando Carvalho foi uma opção ousada e com estética totalmente inovadora que surpreendeu. A novela tinha um certo didatismo no texto que não chegou a comprometer o trabalho final. De quebra, tirou atores marcados por tipos característicos de suas zonas de conforto, como Juliana Paes (Catarina) e Antonio Fagundes (Giácomo). Para o horário das seis, foi uma superprodução com ares artesanais.

A atriz Simone Spoladore e o ator Fernando Pavão, na novela Pecado Mortal, da Record

Melhor texto: Pecado Mortal (Record)

Na comparação com outras produções, Pecado Mortal, que marcou a estreia de Carlos Lombardi na Record, pode não ter sido um estouro de audiência, mas em termos folhetinescos, destacou-se pelo excelente texto e por uma direção ágil. Teve a melhor história de 2014.

Cauã Reymond, que interpretou Leandro na microssérie global Amores Roubados

Melhor microssérie: Amores Roubados (Globo)

A série bem cuidada estreou na esteira da polêmica envolvendo a vida pessoal de seus protagonistas, Cauã Reymond (Leandro) e Isis Valverde (Antônia), e mostrou-se uma trama bem escrita, dirigida e fotografada, com destaque para interpretações convincentes, como a de Cássia Kis Magro (Carolina). 

Antonio Calloni e Carolina Dieckmann participaram de Eu que Amo Tanto (Globo)

Melhor especial: Eu que Amo Tanto (Globo)

Outra grata surpresa foi a série Eu que Amo Tanto, exibida no Fantástico. Atrizes tarimbadas deram o tom da produção, especialmente Susana Vieira e Marjorie Estiano. A segunda, depois de uma participação na primeira fase de Império, como a vilã Cora (agora de volta à novela), mostrou-se segura, versátil e intensa nos dois trabalhos.

Bruno Gagliasso e Luana Piovani, como Edu e Vera, na série policial Dupla Identidade

Melhores séries: Dupla Identidade (Globo) e Plano Alto (Record)

Destaque imediato para Dupla Identidade, de Gloria Perez. Bem pesquisada e escrita, a série foi marcada pelo suspense psicológico e por um quê macabro. Trouxe, ainda, Bruno Gagliasso como Edu, em seu melhor momento na televisão. Na Record, o grande trunfo foi a trama política de Marcílio Moraes, Plano Alto. Sem didatismos, o texto não fez concessões para uma maior compreensão. A série conquistou uma pequena parcela de público, mas mesmo assim garantiu uma segunda temporada.


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