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Minissérie da Globo

Apelo sexual é atrativo e ponto forte de Amores Roubados

Estevam Avellar/TV Globo

Os atores Cauã Reymond e Dira Paes em cena de Amores Roubados, minissérie da Globo - Estevam Avellar/TV Globo

Os atores Cauã Reymond e Dira Paes em cena de Amores Roubados, minissérie da Globo

RAPHAEL SCIRE

Publicado em 6/1/2014 - 22h34
Atualizado em 6/1/2014 - 23h28

Em 2013, o roteirista George Moura e o diretor José Luiz Villamarin levaram à TV uma Salvador nada estereotipada na microssérie O Canto da Sereia. Este ano, a dupla repete a parceria, agora com o sertão nordestino a servir de cenário para Amores Roubados, nova minissérie da Globo. Com forte apelo sexual, a história traz ainda belas imagens, elenco de peso e, de quebra, vem na rasteira de uma polêmica envolvendo a vida privada dos dois protagonistas, Cauã Reymond (Leandro) e Isis Valverde (Antônia).

De lado às fofocas que tomaram conta do lançamento da série, é inegável o avanço que Valverde vem desenvolvendo. A atriz mostra-se mais madura e, desde a Suellen, de Avenida Brasil (2012), cresce a cada trabalho que faz. Ainda que não tenha ficado nua no capítulo de estreia, Isis exala sensualidade na medida certa, além de ter construído uma personagem envolvente, capaz de mexer com o sedutor Leandro e também com a imaginação do público. Ponto para ela.

Diferentemente das novelas, impostas por um ritmo de produção industrial, as minisséries que a emissora produz têm mais qualidade estética, texto bem mais apurado e o elenco, com mais tempo de preparação, afinado. A fotografia de Walter Carvalho, de O Canto da Sereia e Lado a Lado (2012), salta aos olhos, e ele soube usar o forte Sol do sertão, que tanto castigou a equipe nas gravações, como aliado e aproveitar o melhor das locações ao redor do rio São Francisco. O resultado no vídeo é belíssimo, em especial quando há o contraste com as sombras noturnas.

O texto é inspirado no folhetim A Emparedada da Rua Nova, do pernambucano Carneiro Vilela (1846-1913). É a saga de Leandro, um conquistador, que volta à fictícia cidade de Sertão e lá envolve-se com mulheres dos poderosos locais até engravidar a filha do mais importante produtor de vinhos da região_ Jaime (Murilo Benício)_ que, no original, decide emparedar a filha.

Sensualidade é o que não falta na trama, que explora não só a beleza das atrizes como também de Cauã Reymond. Também merecem atenção Dira Paes (Celeste) e Cássia Kis Magro, intérprete da ex-cafetina Carolina. A caracterização da personagem preza pelo exibicionismo, em contraponto com a atuação comedida da atriz.

Foi sagaz a transposição da história para os dias de hoje e, ao mostrar um Nordeste distante do senso comum, a produção ganha pontos. Em vez do jegue, é a moto o meio de transporte local, a mocinha pula de bungee jump sobre as águas do São Francisco e o elenco, ao não carregar no sotaque nordestino, deixa os personagens mais naturais.

A julgar pelo primeiro capítulo, Amores Roubados vai muito além de toda a polêmica e fofocaiada sobre seus bastidores. Quem dera a TV brasileira tivesse produções similares durante o ano todo. 

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