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Velho Chico: Afrânio mergulha para a morte e desaparece nas águas

Reprodução/TV Globo

Antonio Fagundes (Afrânio) surgirá de cabelos brancos nos últimos capítulos de Velho Chico - Reprodução/TV Globo

Antonio Fagundes (Afrânio) surgirá de cabelos brancos nos últimos capítulos de Velho Chico

MÁRCIA PEREIRA

Publicado em 13/9/2016 - 6h02

A falsa cabeleira de Afrânio será deixada de lado somente nos últimos capítulos de Velho Chico, quando o personagem de Antonio Fagundes se arrependerá do que fez ao longo de toda a novela das nove. Apresentando sinais de loucura, desesperado para alcançar o espírito de Martim (Lee Taylor) no barco fantasma Gaiola Encantado, ele mergulhará no rio São Francisco e desaparecerá. A peruca e parte de suas roupas berrantes serão encontradas boiando por Cícero (Marcos Palmeira), que pensará ele pode estar morto. Mas o patrão ressurgirá depois revigorado e livre como era o Afrânio da juventude _e com figurino parecido com o de Rodrigo Santoro, que o interpretou na primeira fase.

Mais uma vez, os autores Benedito Ruy Barbosa e Bruno Luperi vão deixar os personagens do folhetim angustiados com um sumiço, um mistério. Mas o público verá o pai de Tereza (Camila Pitanga) emergir das profundezas do rio no mesmo capítulo em que ele mergulhará para a morte. "Respira como quem buscasse ar após uma vida submerso dentro de si. Sua imagem sem peruca e excentricidades do Saruê, remonta aquele Afrânio de idos tempos do passado. Ele caminha com dificuldades até a ilha", orienta o roteiro entregue à produção.

A sequência vai ao ar nos últimos capítulos da trama. Ao longo dos últimos cinco meses, desde que Velho Chico entrou na segunda fase, nunca ficou claro se Afrânio usava peruca ou se tingia o cabelo. Mesmo dormindo, transando ou tomando banho, ele sempre aparecia de peruca. 

reprodução/tv Globo

Christiane Torloni (Iolanda) 'retoca' tintura da peruca de Antonio Fagundes (Afrânio) em cena

A direção da Globo chegou a apontar a caracterização do personagem como um dos motivos para sua rejeição, mas o diretor artístico da trama, Luiz Fernando Carvalho, bateu o pé e manteve Afrânio com sua "fantasia" de coronel. Agora, na reta final, o próprio texto da novela usa o visual do personagem para fazer o telespectador acreditar que ele precisava desse figurino para se "transformar" em um coronel, ser outra pessoa. Sem a peruca e a roupa anacrônica, ele se liberta do coronel, como se a água do rio o limpasse. E vai atrás de Iolanda (Christiane Torloni) em um show em Salvador.

Atos insanos

Afrânio sairá em busca de Martim seguindo uma falsa pista de que ele teria descido pelas águas do Velho Chico até chegar ao mar, como era seu sonho desde criança. Assassinado por Carlos Eduardo (Marcelo Serrado), o fotógrafo não terá seu corpo encontrado e será dado como desaparecido. Seu paradeiro será investigado por várias pessoas, incluindo o coronel.

Afrânio terá um surto ao ouvir a voz de Martim e ver a embarcação fantasma. É assim que o coronel se perderá de seu acompanhante de viagem, Cícero. "Guiado pelo apito do Gaiola, Afrânio chega ao rio. Cruza pela passagem lavadeiras, pescadores e ribeirinhos, que o estranham. Obstinado, Afrânio nem os vê, mira apenas o rio", descreve o roteiro.

"Martim, eu tô indo", gritará o pai de Tereza. Para ele, o Gaiola Encantando estará a uma distância acessível. "O Gaiola, me leve até ele", pedirá a um pescador. "Tem Gaiola nenhum", responderá o homem, que olhará para o rio sem ver nada à sua frente, "Tá ali, eu preciso chegar até ele. Meu filho tá ali, preciso trazer ele de volta", esbravejará o coronel.

O pescador, cujo nome do ator não foi divulgado, ainda avisará para ele não entrar. As águas arrastarão seu corpo com força, mas ele não desistirá de alcançar o barco fantasma. As botas e roupas pesarão, e ele será arrastado para o fundo. Afrânio lutará para voltar à superfície algumas vezes. "Martim, me espera, Martim, espera teu pai", falará, sempre que conseguir.

Sumiço no rio

Embaixo d’água, ele se livrará do colete, botas e roupas mais pesadas e será arrastado até perto da margem. "Peguei o sinhô", dirá o pescador. "Me larga, me deixa, tenho que ir atrás do meu filho", retrucará Afrânio, sendo arrastado dali, debatendo-se. A cena será cortada. Mais tarde, Cícero chegará ao local e verá a peruca e as roupas do coronel boiando. "É ele! É ele", gritará o jagunço. 

O pescador se aproximará com seu barco da peruca e roupas do coronel. "Cadê, peste? Onde é que esse home foi se metê?", indagará Cícero, pegando os pertences do patrão. "Disse a ele que, se entrasse nesse rio, num ia saí! Eu ‘garrei de tudo que foi jeito, foi ele quem quis corrê. A corrente tá muito forte, não, mais, se levo, ia levá daqui pra trás! E o mar quésiguí adentro do rio. O que tinha que sê, foi. Aogoraesperá o corpo subí!", falará o pescador. 

Cícero se agarrará a peruca e gritará chamando o coronel, em prantos. Em outro trecho do rio, na Ilha do Cabeço, Martim desembarcará do Gaiola. Esse é o ponto final de sua viagem. Logo depois, Afrânio emergirá das profundezas, sem peruca, sem as roupas coloridas. O roteiro indica que ele está parecido com o Afrânio da juventude. "Afrânio pisa terra firme sem traços do coronel Saruê. Mira tudo ao redor, perdido", indicam os autores. 


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