Ricaça dada como morta pode ser chefe de facção criminosa

Deborah Evelyn surgirá em A Regra do Jogo aos poucos, em cenas de flashback e espionando uma missa em homenagem à sua personagem, Kiki, ex-mulher de Romero (Alexandre Nero), dada como morta há 15 anos. A atriz adianta que a "desaparecida" chegará para promover uma grande virada e esclarecer fatos da espinha dorsal da novela. A entrada da atriz em cena tem gerado muita especulação. Nos corredores da Globo, muita gente aposta que ela é o "Pai", como é chamado o líder da facção criminosa da trama.

Deborah Evelyn diz que tudo é possível em um folhetim de João Emanuel Carneiro. "É uma personagem que vem para mexer com a trama inteira. Não posso falar nada porque perde a graça", desconversa. Em seguida, ela comete um ato falho e revela que Kiki "esteve presa".

Kiki foi dada como morta após um sequestro. Filha mais velha de Gibson (José de Abreu) e Nora (Renata Sorrah), ela trabalhava com o pai na presidência da empresa. Seu casamento com Romero ia de mal a pior quando ela foi sequestrada.

O que aconteceu com ela é um dos segredos que só a sua volta à mansão dos Stweart revelará. "Tem muita coisa que eu não sei, mas o João [Emanuel Carneiro, autor] me contou coisas muito interessantes. Acho que é como a vida. A gente não sabe o que vai acontecer. Tem muita surpresa e elas são boas. Eu entendo o cuidado dele em não revelar sua história, apesar de o João ter uma capacidade impressionante de criar coisas novas e não ficar segurando tramas", comenta.

Sempre com cautela para não falar nada a mais sobre a história de Kiki, a atriz diz que o fato de começar a gravar agora, quase três meses depois que o restante do elenco, é bom porque esse descompasso que ela sente é o mesmo que a personagem tem de mostrar em cena.

Em um momento da entrevista, a atriz comete um ato falho, se referindo aos 15 anos em que Kiki desapareceu como "quando ela estava presa". Ela estava presa? "Não sei", tenta corrigir a atriz. Dizer que virou refém e que viveu em um cativeiro durante 15 anos pode ser uma das alternativas de Kiki para esconder da família o que realmente lhe aconteceu nesse tempo todo.

"O que posso dizer é que a Kiki chega com questões que têm a ver com a espinha dorsal da novela e vai esclarecer muitas coisas. Ao mesmo tempo, ela vai trazer outras questões à tona, e tudo isso é muito interessante e desafiador", conta Deborah.

Não decolou

Com a audiência abaixo do esperado para o horário das 21h, em torno de 25 pontos, a atriz afirma que não entende como a novela não decolou. "Leio as críticas porque faz parte. É a mesma coisa que eu não saber o que está acontecendo no Brasil porque tem notícia ruim. Eu tenho de saber o que está acontecendo. Especificamente em relação ao ibope da novela, acho que não reflete a sua qualidade", observa.

A atriz faz questão de dizer que não diz isso só porque é uma funcionária da TV Globo. "Não estou aqui para dizer que a emissora só faz coisas boas, ninguém acerta sempre. Mas essa novela realmente é boa e o fato do ibope não estar muito bom é difícil de entender mesmo. Nos faz refletir. Deve ter outras questões que permeiam isso."

Essa é a primeira vez que Deborah faz uma novela de Carneiro. O convite para ser uma das chaves dos mistérios de A Regra do Jogo aconteceu há quase um ano. "Fui jantar com o João e Amora [Mautner, diretora-geral], e eles fizeram o convite. Saí de lá muito entusiasmada", lembra.

De lá para cá, a intérprete de Kiki revela que lê todos os capítulos como se fosse um livro. "Leio como um ótimo romance, é instigante. Por isso, sei que a novela é muito boa. Sei como o espectador se sente. A única diferença é que eu sinto isso um pouco antes, e lendo os capítulos em vez de vê-los."

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