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NOVELA VAI VOLTAR

Maldição de Tieta? Protagonistas da novela nunca mais fizeram sucesso

Imagens: Reprodução/Globo

Betty Faria (à esq.) e Joana Fomm interpretaram as irmãs Tieta e Perpétua na novela de 1989 - Imagens: Reprodução/Globo

Betty Faria (à esq.) e Joana Fomm interpretaram as irmãs Tieta e Perpétua na novela de 1989

LUCIANO GUARALDO

Publicado em 16/2/2017 - 6h13

Exibida originalmente entre agosto de 1989 e março de 1990, Tieta vai voltar ao ar em maio no canal Viva, no lugar de A Gata Comeu. A aguardada reprise da novela, uma das maiores audiências da história da Globo, trará de volta Betty Faria e Joana Fomm nos papéis das irmãs Tieta e Perpétua. As atrizes viveram o auge de suas carreiras e ficaram marcadas para sempre. E nunca mais fizeram sucesso.

A trama, baseada no livro de Jorge Amado, contava a história de Tieta, que foi expulsa da cidade de Santana de Agreste pelo pai (Sebastião Vasconcellos) e pela irmã e se mudou para São Paulo. Depois de 25 anos, ela voltou para a cidade com muito dinheiro e pronta para se vingar dos parentes. Entre outras atitudes, seduziu o sobrinho Ricardo (Cássio Gabus Mendes), que era seminarista.

Será a primeira reexibição da obra em mais de 20 anos _em 1994, ela foi reprisada no Vale a Pena Ver de Novo. De acordo com o canal Viva, a trama sempre marca presença na lista de novelas que o público mais deseja rever _juntamente com Livre para Voar (1984) e Selva de Pedra (1972).

Cássio Gabus Mendes e Betty Faria em cena de Tieta: ela seduziu o sobrinho seminarista

Na época com 48 anos, Betty já tinha história na TV. Havia estrelado a primeira versão de Pecado Capital (1975) e as novelas Partido Alto (1984) e O Salvador da Pátria (1989), além de ter gravado como a Viúva Porcina na censurada Roque Santeiro (1975), que nunca foi ao ar _dez anos depois, o papel ficou com Regina Duarte.

Tieta, porém, foi tão marcante que até hoje Betty é lembrada pela mulher fogosa. Ela reviveu a personagem no Criança Esperança do ano passado e se mostrou chateada quando Sônia Braga foi escalada para estrelar o filme Tieta do Agreste (1996). "Ela não pediu licença para ser Tieta no cinema e isso foi péssimo", reclamou à revista Época.

Depois de sua passagem por Santana do Agreste, Betty teve papéis menores em novelas como De Corpo e Alma (1992), A Indomada (1997), Suave Veneno (1999), Duas Caras (2007), Avenida Brasil (2012) e Boogie Oogie (2014). Como protagonista, fez apenas A Idade da Loba (1995), na Band. Chegou a ser dispensada pela Globo e foi recontratada recentemente.

Joana Fomm na pele de Perpétua, com sua inseparável caixa: repercussão nunca se repetiu

Joana Fomm também não conseguiu sair da sombra de Perpétua, a fiel fervorosa que chamava a atenção do público por suas roupas pretas em pleno calor nordestino e pela misteriosa caixa que carregava. A atriz se saiu tão bem na pele da beata que Perpétua se igualou à vilã Yolanda Pratini, de Dancin’ Days (1978), na galeria de personagens marcantes da atriz.

Depois de Tieta, Joana ainda interpretou Carmen Maura na icônica Vamp (1991), trama que conquistou o público jovem. Era o primeiro nome feminino nos créditos, mas quem brilhou mesmo na novela foram Claudia Ohana e Ney Latorraca. Joana não conseguiu repetir a boa repercussão de Perpétua e foi parar no SBT, onde fez As Pupilas do Senhor Reitor (1994) e Razão de Viver (1996), e na Band, com a novela Serras Azuis (1998).

Com papéis menores em Esplendor (2000), Porto dos Milagres (2001) e Agora É que São Elas (2003), Joana foi para a Record fazer a fracassada Metamorphoses (2004). Ainda teve personagens de pouco destaque em Bang Bang (2005), Paraíso Tropical (2007) e Insensato Coração (2011).

Em 2014, Joana entrou no meio de Boogie Oogie (2014) para substituir Giulia Gam, afastada por problemas de saúde. Na trama de Rui Vilhena, ela reencontrou Betty Faria em cena e despertou a nostalgia dos fãs de Tieta e Perpétua. Após o fim da novela, teve de pedir emprego nas redes sociais e conseguiu um papel na atual temporada de Malhação.

Lídia Brondi (à esq.) se aposentou pouco depois de Tieta; já Cláudia Magno morreu de Aids

A suposta maldição de Tieta não se restringe às duas protagonistas. A novela também contava com Lídia Brondi, que atuou em Meu Bem, Meu Mal (1990) e, em seguida, se aposentou da carreira artística, fugindo da mídia. Atualmente, ela trabalha como psicóloga e vive longe dos holofotes _Lídia é casada com o ator Cássio Gabus Mendes.

A atriz Cláudia Magno também não teve uma carreira duradoura. Lançada com sucesso no filme Menino do Rio (1982), fez oito novelas antes de ser escalada para Tieta, na qual interpretou Silvana Pitombo, filha do casal Marcolino (Otávio Augusto) e Juracy (Ana Lúcia Torre). Em 1994, aos 35 anos, morreu por insuficiência respiratória em decorrência da Aids.


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