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OS DIAS ERAM ASSIM

Globo encena grito por liberdade e revolução sexual nos anos 1970

Sergio Zalis/TV Globo

Sophie Charlotte e Renato Góes se beijam em Os Dias Eram Assim, que estreia nesta segunda - Sergio Zalis/TV Globo

Sophie Charlotte e Renato Góes se beijam em Os Dias Eram Assim, que estreia nesta segunda

MÁRCIA PEREIRA, enviada ao Rio de Janeiro

Publicado em 16/4/2017 - 7h18

Os Dias Eram Assim traz uma grande história de amor duelando com as armações dos vilões. O diferencial do enredo da nova novela das onze da Globo é o ambiente desse conflito romântico. A trama começa em 1970, com muitas imagens de arquivo para promover uma viagem no tempo _no caso, à Ditadura Militar (1964-1985). A mocinha, Alice (Sophie Charlotte), representa um grito por liberdade e a revolução sexual de toda uma geração.

"Alice aspira liberdade e um grande amor, mesmo sendo criada por uma família conservadora e de direita, que não compartilha dos mesmos valores que ela. Logo no começo, ela encontra o primeiro amor na figura do Renato [Renato Góes], que é um médico idealista e faz parte de uma família também idealista. Esse encontro promove nessa garota de 18 anos uma transformação", adianta Sophie Charlotte.

A Ditadura Militar move os personagens, mas o debate político será evitado. As autoras da trama, Angela Chaves e Alessandra Poggi, usam fatos históricos sem apontar o certo ou o errado sobre a intervenção militar, que foi apoiada pelas Organizações Globo.

reprodução/tv globo

Gustavo (Gabriel Leone) será preso e torturado por explodir bomba caseira em uma empresa 

"O foco é a história de amor dos protagonistas, o fato de ser contada em uma época turbulenta da nossa história só enriquece a trama", diz Alessandra, que completa: "Aproveitamos esse cenário político e cultural como pano de fundo. Vamos acompanhar a vida deles atravessando os anos de chumbo, passando pela anistia e chegando até a campanha pelas Diretas Já, em 1984, ano em que a maior parte da trama se concentrará".

Essa é a primeira novela solo das autoras, que já trabalharam com Miguel Falabella, Manoel Carlos e Gilberto Braga. Apesar de a Globo dar um novo nome, "supersérie", Os Dias Eram Assim será uma novela das onze, como Liberdade, Liberdade e suas antecessoras. Com 88 capítulos, ficará no ar até setembro.

reprodução/tv globo

Vitor (Daniel de Oliveira), Arnaldo (Antonio Calloni) e o delegado Amaral (Marco Ricca)

Alice sem país das maravilhas
No começo, quase tudo gira em torno de Alice. Sufocada pelas regras de seu pai, Arnaldo (Antonio Calloni), e de sua mãe, Kiki (Natália do Vale), ela fugirá de casa para ver a final da Copa do Mundo com uma amiga, Cátia (Bárbara Reis). A seleção brasileira de futebol ganhará o tri no México, e as duas vão comemorar em um bar.

Lá, Alice conhecerá Renato. Sua paixão proibida enfrentará a obsessão que Vitor (Daniel de Oliveira) tem por ela. O mau-caráter é o braço-direito de seu pai e seu primeiro namorado. Uma cena deixará claro que ela ainda é virgem e que Vitor quer que continue assim até o casamento para não desagradar ao sogro.

Só que, apaixonada por Renato, ela se entregará ao médico e engravidará. Para não perder a estudante de letras, o vilão coordenará uma tramoia que culminará no exílio de Renato, que nada tem a ver com as manifestações contra a ditadura.

Por conta do envolvimento de seu irmão, Gustavo (Gabriel Leone), na explosão de uma bomba que destruirá a entrada do prédio da construtora de Arnaldo, Renato virará inimigo do empresário e acabará obrigado a fugir para o Chile.

maurício fidalgo/tv globo

Rimena (Maria Casadevall) se casará com Renato (Renato Góes) e terá um filho com ele

Os primeiros capítulos trazem ainda jovens apanhando de policiais nas ruas, um ativista político espancado até a morte e a influência de Arnaldo na prisão dos revolucionários, além de sessões de tortura comandadas pelo delegado Amaral (Marco Ricca).

No Chile, Renato conhecerá Rimena (Maria Casadevall) e, aos poucos, superará o rompimento com Alice e a saudade que sente da família. Alice, por sua vez, pensará que ele morreu.

Grávida, ela acabará se casando com Vitor, que assumirá o filho do rival. Os protagonistas voltarão a se encontrar nove anos depois, quando Renato retorna ao Brasil após a anistia política de 1979.

"Aí, vamos ver que o amor não acabou, a paixão não acabou. Motivos que justificarão uma nova história de amor entre Alice e Renato, mas são amores e relações completamente diferentes da que eles tiveram no passado", conta Góes.

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