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Internet perde briga com TV e venda de comerciais cresce nos EUA

Divulgação/NBC

Os atores Mandy Moore e Milo Ventimiglia em cena de This Is Us, série sensação do ano - Divulgação/NBC

Os atores Mandy Moore e Milo Ventimiglia em cena de This Is Us, série sensação do ano

REDAÇÃO

Publicado em 21/7/2017 - 6h45

A fuga de anunciantes no YouTube beneficiou todos os canais e redes de TV dos Estados Unidos. É o que mostra uma reportagem da edição desta semana da revista The Hollywood Reporter. Para especialistas, grandes marcas como Coca-Cola e Johnson & Johnson saíram da rede social do Google por terem anúncios atrelados a vídeos com conteúdo potencialmente ofensivo, e estão investindo mais na boa e velha TV, na qual há uma certeza de como e onde a propaganda será veiculada.

De acordo com o grupo nova-iorquino Pivotal Research, a venda de anúncios no horário nobre para a fall season (temporada de lançamentos de séries entre setembro e outubro) deste ano cresceu 4% em relação a 2016, o que trouxe US$ 18,5 bilhões (R$ 58 bilhões) para o bolso dos canais.

"A inabilidade de empresas multinacionais de garantir a lisura da sua marca [na internet] foi o estopim dessa fuga", justificou Linda Yaccarino, presidente de vendas publicitárias do grupo NBCUNiversal, à publicação.

O conglomerado de mídia, que inclui NBC, USA Network, E!, entre outros canais, teve uma ótima produtividade na comercialização de seus anúncios, com um aumento de 8% nas vendas se comparado ao ano anterior.

O volume de acordos de US$ 6,5 bilhões (R$ 20,4 bilhões) é um recorde histórico para a empresa. O drama This Is Us (que será exibido no Brasil pelo Fox Life), com 11 indicações para o Emmy, e a continuação da badalada comédia Will & Grace foram as séries com maior procura no departamento comercial _ambas são da rede NBC.

"Eu acho que as pessoas subestimam o poder das redes de sinal aberto, seja com esportes ou com séries como This Is Us, de chamar a atenção de um grande número de pessoas ao mesmo tempo", completou Linda. "É isso o que os anunciantes querem; e, a cada dia, eles têm menos oportunidades de conseguir isso [alcançar milhões de pessoas simultaneamente]”.

Na temporada 2016-2017, a NBC foi a líder de audiência entre adultos de 18 a 49 anos, principal público-alvo dos anunciantes.

REPRODUÇÃO/CBS

O comediante Stephen Colbert ganhou audiência por tirar sarro de Donald Trump toda noite 

Efeito Trump
Número um no público geral, a CBS viu suas séries líderes de audiência (NCIS, The Big Bang Theory) conseguirem um volume de vendas muito semelhante à temporada passada. Porém, a emissora teve um enorme ganho na linha de talk shows e programas matutinos, atrações que cresceram na audiência por falar (e criticar) diariamente o governo do presidente norte-americano Donald Trump.

O maior vencedor deste jogo foi Stephen Colbert. Em 2015, o comediante assumiu a árdua tarefa de substituir o lendário David Letterman no The Late Show. Após a posse de Trump, Colbert explodiu em audiência e chegou ao primeiro lugar, destronando o até então imbatível The Tonight Show, que Jimmy Fallon comanda na NBC com uma pegada mais brincalhona e menos política.

Resultado: os espaços comerciais do The Late Show se esgotaram rapidamente, antes mesmo de séries do horário nobre, por dar às empresas o retorno desejado de forma boa e barata: o talk show tem um preço mais baixo do que as séries e está surfando na onda da ótima audiência.

O retorno da crítica também ajudou: enquanto Colbert foi indicado ao Emmy na categoria talk show pela primeira vez desde que assumiu o The Late Show, Jimmy Fallon ficou de fora do Oscar da TV; anteriormente, ele tinha sido nomeado três vezes seguidas por sua apresentação do The Tonight Show.

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