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TV no PC

Ibope reage à GfK e terá audiência de TV em computador em setembro

Marcelo Kahn

Antônio Wanderley, diretor-executivo de marketing do Ibope; instituto medirá audiência de TV em PCs - Marcelo Kahn

Antônio Wanderley, diretor-executivo de marketing do Ibope; instituto medirá audiência de TV em PCs

PAULO PACHECO

Publicado em 29/4/2015 - 15h47
Atualizado em 30/4/2015 - 7h25

O Ibope vai medir pela primeira vez audiência de programas de TV em computadores. O instituto de pesquisa anunciou nesta semana a aferição de quantas pessoas assistem a novelas, jogos de futebol e humorísticos na tela do PC, em vídeos publicados no site das emissoras, nas redes sociais e em quaisquer outras páginas. A nova medição já está em testes e começará para valer em setembro. É mais uma resposta do Ibope à chegada do concorrente alemão GfK.

Para o Ibope, a concorrência da GfK impulsionou a expansão dos serviços e ampliação da medição de audiência. O instituto, porém diz que as evoluções estavam previstas antes do início dos trabalhos da empresa alemã, que prometeu para abril os primeiros relatórios de audiência _mas não cumpriu. "Reagimos à GfK antes de o GfK agir", explica Antônio Wanderley, diretor-executivo de marketing do Ibope.

A medição em computadores será parecida com a da TV. O Ibope selecionará pessoas e instalará people meters, aparelhos que aferem audiência em televisores, em todos os computadores dos domicílios pesquisados. Os people meters dos PCs serão diferentes, porém terão o mesmo funcionamento. A princípio, o instituto escolherá quem já tem o equipamento de medição em TV para receber o novo aparelho.

Depois da instalação, os people meters identificarão qual programa canal aberto ou pago está sendo visto no computador. Por meio de uma biblioteca de áudios, o aparelho saberá se o telespectador assiste no PC a Babilônia (Globo), Os Dez Mandamentos (Record) ou Chiquititas (SBT), por exemplo, independentemente se estiver no site oficial das emissoras, no YouTube, Facebook ou em serviços piratas de streaming.

"Os canais de TV estão migrando conteúdo original maciçamente para a internet", diz Fabia Juliasz, diretora executiva de medição de audiência do Ibope. O aparelho medirá a audiência dos programas até sete dias após a publicação na internet.

Ao contrário do YouTube e outros sites que contam o número de cliques dos vídeos, o Ibope medirá a audiência por indivíduo, assim como é feita na televisão, mensurando o tempo de permanência no vídeo. "As emissoras de TV não sabem quanta audiência [na internet] está 'escapando' se não estiver medida na mesma moeda", explica a diretora.

Em tablets, a medição será feita por meio de um aplicativo baixado apenas pelas pessoas selecionadas pelo Ibope. É o mesmo método feito em celulares com TV, que começou a ter aferição de audiência em abril, em parceria com uma empresa japonesa de tecnologia.

Além da medição fora da TV, o Ibope planeja aumentar no Brasil o número de domicílios com people meter, de 5.300 para 6.060 (a GfK terá 6.000), e ampliará as faixas etárias de medição. O instituto também começará a instalar, até o final do ano, um novo aparelho em cidades onde não há medição nem com o obsoleto caderno: o rapid meter. Desenvolvido na Inglaterra, é usado em países como Índia e Turquia e utiliza símbolos e desenhos no lugar de letras e números para universalizar o acesso.


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