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Balanço oficial

Após demitir 2.000 e terceirizar novela, Record tem o maior lucro da história

Divulgação/RecordTV

Guilherme Winter em Os Dez Mandamentos: sucesso não impediu queda nas receitas - Divulgação/RecordTV

Guilherme Winter em Os Dez Mandamentos: sucesso não impediu queda nas receitas

DANIEL CASTRO

Publicado em 22/3/2017 - 5h27

A Record obteve no ano passado o maior lucro de sua história. A rede de Edir Macedo faturou R$ 1,862 bilhão com publicidade, 6,6% a menos do que o R$ 1,994 bilhão obtido em 2015. Mas, graças a uma política austera de corte de gastos, fechou o ano com um lucro líquido inédito de R$ 227,3 milhões, quase quatro vezes o resultado de 2015 (59,5 milhões).

Os dados são oficiais e constam em balanço publicado na última sexta-feira (17) no Diário Oficial Empresarial de São Paulo.

É raro a Record ter lucro. Desde que Edir Macedo a comprou, em 1989, foram pouquíssimos os anos em que a emissora fechou no azul. Na maioria deles, teve prejuízo. Em 2014, por exemplo, o prejuízo foi de R$ 99,4 milhões.

A Record só conseguiu ter um lucro relevante, de 12% do faturamento líquido, em plena crise econômica, porque adotou uma nova política de gestão, liderada por Marcus Vinicius da Silva Vieira, que assina o balanço contábil como CEO (sigla em inglês para chief executive officer).

Estima-se que a emissora demitiu cerca de 2.000 funcionários entre 2014 e 2015 (dos quais metade voltaram como terceirizados). Seu complexo de produção de novelas no Rio de Janeiro, que dava prejuízo de R$ 200 milhões por ano, foi arrendado para a Casablanca, que assumiu a produção de teledramaturgia.

Em São Paulo, vários serviços e até programas, como o de Gugu Liberato, também passaram para as mãos de terceiros, com custos mais baixos.

Na comparação com os dados de 2015, o lucro de 2016 foi alcançado principalmente devido a cortes de R$ 95 milhões com despesas financeiras, de R$ 55 milhões com custos operacionais e de produção e de R$ 44 milhões com despesas de vendas.

O balanço confirma a Record como a segunda maior força comercial da televisão brasileira, porém bem atrás da Globo (que deve ter faturado entre R$ 11 bilhões e R$ 12 bilhões no ano passado). Dos quase R$ 1,9 bilhão de receitas da emissora, calcula-se que R$ 600 milhões tenham sido obtidos com a cessão de suas madrugadas para a Igreja Universal do Reino de Deus.

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