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Páscoa

Warner exibe as duas versões de A Fantástica Fábrica de Chocolate

Divulgação

Johnny Depp interpreta Willy Wonka na versão moderna de A Fantástica Fábrica de Chocolate (2005) - Divulgação

Johnny Depp interpreta Willy Wonka na versão moderna de A Fantástica Fábrica de Chocolate (2005)

ALESSANDRO GIANNINI, Especial para o Notícias da TV

Publicado em 4/4/2015 - 7h56

Escrito pelo galês Roald Dahl, o livro infantil A Fantástica Fábrica de Chocolate acompanha as dificuldades enfrentadas por um menino de família pobre, na Inglaterra dos anos 1960, ao mesmo tempo em que é incentivado pelos parentes a perseguir seus sonhos de criança. A história de Charlie Bucket, que busca um bilhete dourado para ganhar o direito de visitar a misteriosa fábrica de chocolates do recluso Willy Wonka, ganhou duas adaptações para o cinema, ambas musicais e de grande sucesso em suas respectivas épocas, que a Warner exibe neste domingo (5), a partir das 18h.

História de fundo moral, A Fantástica Fábrica de Chocolates mostra como Charlie é exposto a escolhas difíceis que definirão o seu caráter. Esse conceito se mantém nas duas versões cinematográficas, embora abordadas de maneira ligeiramente diferentes.

Produzida em 1971, a versão de Mel Stuart, com Gene Wilder no papel do excêntrico Wonka, foi adaptada pelo próprio Dahl, que suprimiu personagens e adicionou elementos para atingir um público mais amplo ao redor do mundo. O pai de Charlie, por exemplo, não aparece nem é mencionado. Na casa em que o menino vive com a família, ele está acompanhado apenas da mãe e dos quatro avós que dividem uma única cama.

Na primeira versão, o concurso que leva um grupo de crianças e seus acompanhantes para visitar pela primeira vez a misteriosa fábrica de chocolate é mundial e os cinco vencedores vêm de várias partes do mundo.

Embora mais antiga, a versão de Stuart mantém um frescor e uma originalidade que a torna sempre atual. As caracterizações dos personagens e os cenários psicodélicos, além de um clima de nonsense, fazem do filme uma grande viagem pelo mundo de sonho criado por Wonka e desejado por Charlie e as outras crianças que ganharam o concurso. A presença dos engraçadíssimos anões Ooompa Loompas, responsáveis pela produção dos doces, é uma prova disso.

Além disso, Wilder confere humanidade e empatia ao personagem do excêntrico dono da fábrica. O papel lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro de melhor ator em musical ou comédia.

Gene Wilder é Willy Wonka na primeira Fantástica Fábrica de Chocolate (Foto: Reprodução)

Produzida em 2005, a versão de Tim Burton traz Johnny Depp no papel de Wonka e o astro mirim Fred Highmore no papel de Charlie. Além de ser mais fiel ao livro de Dahl, a segunda adaptação é muito mais sombria e traz elementos que ficaram de fora do primeiro filme, além de introduzir uma origem para o excêntrico fabricante de doces e chocolates.

Um desses elementos é justamente a memória de que o personagem de Depp não parecia ser tão amistoso pouco antes de sofrer uma terrível perda, ficar recluso e fechar sua fábrica à visitação.

Burton se vale da tecnologia e dos efeitos especiais para criar o mundo mágico da fábrica de chocolates de Wonka. É a grandeza e o limite de sua versão da história criada por Dahl. Apesar do realismo e da vivacidade das imagens, tudo parece muito ascético. Até os Oompa Loompas, um alívio cômico, parecem um tanto deslocados de seu papel narrativo. Eles são interpretados por um único ator, Deep Roy, repetido digitalmente na tela. Um recurso que funciona razoavelmente bem, mas drena o pouco de humanidade e diversidade que Dahl tenta conferir ao olhar do pequeno Charlie.


ESPECIAL DE PÁSCOA

A Fantástica Fábrica de Chocolate (1971) - Domingo (5), às 18h11

A Fantástica Fábrica de Chocolate (2005) - Domingo (5), às 19h59


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