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EM UMA GALÁXIA DISTANTE

De robô boca suja a princesa sensual: dez causos que você desconhece de Star Wars

Fotos: Divulgação/LucasArts

A atriz Daisy Ridley é a estrela de Os Últimos Jedi, filme mais recente da franquia Star Wars - Fotos: Divulgação/LucasArts

A atriz Daisy Ridley é a estrela de Os Últimos Jedi, filme mais recente da franquia Star Wars

LUCIANO GUARALDO

Publicado em 15/3/2018 - 6h14

Segunda franquia mais lucrativa da história do cinema, Star Wars tem curiosidades de bastidores que podem passar despercebidas pelo grande público, como o fato de o incompreensível robô R2-D2 soltar palavrões ou o famoso biquíni dourado da princesa Leia ter surgido após um pedido da própria atriz, que queria mostrar mais o seu corpo.

Com uma bilheteria mundial que ultrapassa US$ 8,8 bilhões (R$ 28,6 bilhões), os longas sobre a família Skywalker nem sempre foram esse sucesso garantido. George Lucas, criador da história, tinha tanta certeza de que o primeiro filme ia fracassar que decidiu viajar para o Havaí bem no dia da estreia.

Atuar em Star Wars também gera uma marca na carreira dos principais atores. Alec Guinness já tinha até ganhado um Oscar quando topou interpretar Obi-Wan Kenobi. Odiou tanto a experiência que pediu para o personagem morrer no primeiro filme. Já Jake Lloyd sofreu tanto bullying por sua atuação como o jovem Anakin Skywalker que decidiu se aposentar enquanto ainda era criança.

A franquia volta aos cinemas em maio com o longa Han Solo: Uma História Star Wars. Mas fãs da saga espacial, ou aqueles que nunca viram os filmes e querem tirar o atraso, podem assistir aos filmes já lançados sem sair de casa: o mais recente, Os Últimos Jedi, acaba de chegar à TV paga, para locação.

Confira dez curiosidades sobre Star Wars, cujos longas estão disponíveis no Now, serviço de vídeo sob demanda para clientes da Net e da Claro TV:

George Lucas conversa com Anthony Daniels, intérprete de C-3PO, em intervalo de gravação

Tapete vermelho ou praia?
Mesmo apaixonado pelo projeto de Star Wars, George Lucas ouviu de vários amigos cineastas que o primeiro filme, Star Wars: Episódio IV - Uma Nova Esperança (1977), jamais faria sucesso, pois produções de ficção científica tinham apelo limitado. As críticas foram tão fortes que ele acreditou que tinha uma bomba em suas mãos.

Certo de que ia ser detonado, Lucas preferiu fugir: tirou férias e viajou para o Havaí na companhia de Steven Spielberg, o único que elogiou o projeto. O diretor faltou à estreia do próprio filme e ficou curtindo a praia. Enquanto estava lá, recebeu uma ligação do presidente da Fox, que contou que Star Wars tinha filas de dobrar quarteirões.

O robô R2-D2 parece fofo, mas tem um linguajar de deixar qualquer um com os cabelos em pé

Robô desbocado
O robô R2-D2 é um dos grandes mistérios de Star Wars. Como ele se comunica por meio de bipes e sons eletrônicos, é impossível saber exatamente o que diz. Mas, nos planos originais de George Lucas, o droide mecânico de naves falaria inglês e, inclusive, soltaria muitos palavrões.

Após vários tratamentos do roteiro original, R2 acabou trocando o inglês por seu idioma robótico. As reações de choque do androide C-3PO ao vocabulário de baixo calão do colega baixinho, porém, foram mantidas no texto, como uma piada interna.

O veterano Alec Guinness foi indicado ao Oscar por seu papel em Uma Nova Esperança

Revolta digna de Oscar
Alec Guinness (1914-2000) era o ator mais conhecido da primeira trilogia de Star Wars, e deixou claro que só topou fazer os filmes pelo dinheiro. Dono de um Oscar por A Ponte do Rio Kwai (1957), ele criticou o roteiro de Uma Nova Esperança e disse que pediu para seu personagem ser morto logo porque não queria mais perder tempo com aquele texto horrível.

Mas, até mesmo com o tal "texto horrível", Guinness conseguiu brilhar na pele do mestre Obi-Wan Kenobi: ele foi indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante em 1978. Por isso, topou participar de mais dois filmes da saga. Até hoje, é o único ator a concorrer ao Oscar por um filme de Star Wars.

Carrie Fisher com o biquíni dourado da princesa Leia: roupa sensual para mostrar que é mulher

Baixinha, mas sensual
Com a aproximação de Han Solo e da princesa Leia no Episódio V - O Império Contra-Ataca (1980), a produção precisou lidar com um probleminha: os intérpretes tinham uma diferença de 30 centímetros de altura entre eles. Carrie Fisher (1956-2016) media apenas 1,55m, enquanto Harrison Ford tem 1,85m. Para ficar mais próxima do par, Carrie gravava em cima de uma caixa para ficar mais alta.

A atriz compensava a pouca altura com muita personalidade. O biquíni dourado usado por ela no Episódio VI - O Retorno de Jedi (1983), na sequência em que Leia é escravizada pelo vilão Jabba, partiu de um pedido da própria. Como nos dois filmes anteriores ela usava vestidos longos, que cobriam boa parte do seu corpo, Carrie reclamou que o público nem percebia que ela era uma mulher.

Com o biquíni, tudo mudou: a peça era tão pequena que alguém da equipe precisava checar constantemente se os seios da atriz estavam aparecendo. E vários takes precisaram ser jogados no lixo porque mostravam demais a anatomia da atriz.

Criticado por sua atuação em A Ameaça Fantasma, Jake Lloyd se aposentou aos 10 anos

Aposentadoria precoce
Jake Lloyd já tinha atuado com Arnold Schwarzenegger em Um Herói de Brinquedo (1996) quando foi escalado para o papel de Anakin Skywalker em Episódio I - A Ameaça Fantasma (1999). O papel é um dos mais importantes da saga espacial: Anakin, anos mais tarde, se transforma no terrível Darth Vader.

Só que Lloyd não correspondeu à expectativa dos fãs: ele foi criticado pela atuação fraca e por não transmitir a maldade inerente ao personagem. Foi tanto bullying (inclusive de colegas de escola) que o ator, então com 10 anos, decidiu se aposentar da carreira de ator. Depois, ele apenas dublou Anakin em alguns jogos da franquia.

Ewan McGregor (à esq.) e Hayden Christensen com seus sabres de luz: sons feitos com boca

Brincadeira de adulto
Que atire a primeira pedra o fã de Star Wars que nunca se imaginou lutando com os sabres de luz utilizados pelos Jedi na franquia, com direito aos sons característicos feitos pela boca. Ewan McGregor, intérprete de Obi-Wan Kenobi na segunda trilogia, passou boa parte do Episódio I fazendo os sons de seu sabre. A equipe de pós-produção precisou cortar os "efeitos" do ator e substituí-los pelos oficiais.

Hayden Christensen, que interpretou Anakin no Episódio II - Ataque dos Clones (2002), também começou a gravar o longa empolgado e fazendo os efeitos sonoros de seu sabre de luz. Para não precisar recorrer à pós-produção novamente, George Lucas chamou o ator de lado e disse que a equipe de som do filme "provavelmente faria um trabalho muito melhor do que o dele".

Hayden Christensen veste máscara de Darth Vader para gravar A Vingança dos Sith: pesado

O peso de ser Darth Vader
Hayden Christensen voltou a ser o foco das atenções de George Lucas no Episódio III - A Vingança dos Sith (2005). É que o ator estava envolvido na cena mais esperada do filme, a que registra o momento em que Anakin finalmente veste o capacete preto que o transforma no vilão Darth Vader.

Para se certificar de que o jovem intérprete não ficasse confortável demais na pele do antagonista, Lucas fez questão de deixar a roupa do vilão mais pesada, reforçando o capacete com um material muito denso. Segundo o diretor, tudo para que Christensen não surgisse no filme como se estivesse acostumado com o traje.

Diego Luna e Felicity Jones com K-2SO em cena de Rogue One: interpretar robô agora é fácil

Guerra dos robôs
O ator britânico Anthony Daniels, intérprete do androide C-3PO, não ficou nada feliz ao descobrir que Alan Tudyk viveu o robô K-2SO por meio de captura de movimentos para Rogue One: Uma História Star Wars (2016). É que Daniels passou anos preso na armadura dourada do seu personagem: ele chegou a ter o pé cortado por um pedaço de plástico duro que quebrou logo no início do primeiro filme.

Como a tarefa de Tudyk era bem mais confortável, já que ele não precisou vestir de fato a fantasia robótica, Daniels surtou e chegou a xingar o colega na festa de lançamento de Rogue One. Tudyk, porém, não perdeu a pose: ele disse que ouvir a ofensa do outro ator foi um dos maiores elogios que já recebeu em sua carreira.

Kelly Marie Tran e John Boyega contracenam em Os Últimos Jedi: atriz mentiu para a família

Mentirinha doce
Uma das novidades do Episódio VIII - Os Últimos Jedi é a atriz Kelly Marie Tran, intérprete da mecânica Rose. Quando a jovem de 29 anos foi escalada para o papel, ela preferiu esconder que estava envolvida com o projeto bilionário e mentiu para a própria família: disse que viajaria ao Canadá para gravar um filme independente.

Como na realidade ela estava gravando na Europa, Kelly Marie chegou a comprar um pote de xarope de bordo (símbolo do Canadá) para levar para os parentes durante uma rápida visita aos Estados Unidos. "Eu precisava convencer todo mundo de que eu estava mesmo no Canadá", explicou ela à revista Glamour.

Daisy Ridley e Mark Hamill em cena gravada na ilha de Skellig Michael: subida de 182 metros 

Subida trabalhosa
As cenas de Luke Skywalker (Mark Hamill) e Rey (Daisy Ridley) na casa do mestre em Ahch-To foram gravadas em Skellig Michael, uma ilha afastada da Irlanda. Só que, para gravar as sequências no topo da montanha onde ficava a residência de Skywalker, elenco e equipe precisavam subir uma escada de 182 metros. Hamill, de 66 anos, ficou tão cansado com a primeira escalada que sugeriu montar uma barraca no topo da ilha e dormir ali mesmo.

A ideia do ator foi rapidamente negada pelo governo irlandês, que proibiu que qualquer um passasse a noite ali. É que as construções da ilha são patrimônio cultural da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Mark Hamill, então, precisou deixar a preguiça de lado e encarar a subida puxada durante todos os dias de gravação no local.

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Star Wars: Os Últimos Jedi

Star Wars: Os Últimos Jedi

Ficha técnica: Star Wars: The Last Jedi. Ficção científica. EUA, 2017, 152 min. Direção: Rian Johnson. Elenco: Daisy Ridley, Mark Hamill, Carrie Fisher, John Boyega, Adam Driver, Oscar Isaac. Disponível no Now.

Por que assistir: Indicado a quatro Oscars, o filme desafia tudo o que foi construído pela saga espacial até o momento, promovendo alianças entre heróis e vilões, reviravoltas inesperadas e conflitos psicológicos.

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