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Como Ludmilla

Sem sapo: Relembre famosos que denunciaram ataques na Justiça

Montagem Facebook/Divulgação TV Globo

A atriz Deborah Secco e a cantora Ludmilla reagiram a ataques com denúncias à polícia - Montagem Facebook/Divulgação TV Globo

A atriz Deborah Secco e a cantora Ludmilla reagiram a ataques com denúncias à polícia

MÁRCIA PEREIRA

Publicado em 20/1/2017 - 13h03

Nos últimos dias, duas celebridades foram vítimas de ataques e anunciaram que irão à Justiça. A cantora Ludmilla foi chamada de "macaca" pelo apresentador Marcos de Moraes, do Balanço Geral do Distrito Federal (Record). Já Deborah Secco foi ameaçada de morte por um internauta, e sua herdeira de apenas um ano, Maria Flor, xingada de "bochechuda filhinha do Diabo". 

A Record demitiu o apresentador, mas isso não a exime da culpa. A emissora pode ser processada na esfera cível. Ademar Gomes, presidente da Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo (Acrimesp), explica que o canal de TV foi o meio pelo qual o comentário racista se propagou e pode ser processado por danos morais _Moraes nega ter sido racista; alega que "macaca" é a mesma coisa que "pobre".

O advogado afirma que qualquer cidadão deve agir como as celebridades, denunciando ataques sejam na internet ou fora dela. No caso de Ludmilla, cabem dois processos.

"O apresentador deve ser processado criminalmente por discriminação racial. É feito um boletim de ocorrência e, depois, ele é indiciado. Já a emissora pode ser acionada na esfera cível para indenizar a vítima. Ludmilla pode requerer até que a sentença seja lida no ar, como forma de retratação", diz o criminalista.

A condenação para casos como o de Marcão Chumbo Grosso, com ofensas seja pela cor, religião ou outro tipo de discriminação, gera pena de até quatro anos. "Raramente o condenado vai para reclusão. Não conheço nenhum caso que o culpado foi preso, porque os juízes costumam converter em prestação de serviços à comunidade. Mas é crime, e a vítima tem de ir à delegacia denunciar."

No caso de Deborah Secco, o último ataque ocorreu no domingo (15) em comentários em uma foto publicada no Instagram. "Até eu matar a mamãezinha dela. Aí quero ver o que será dessa Maria Sapo Flor”, escreveu um seguidor. 

reprodução/instagram

A atriz Deborah Secco com sua filha, Maria Flor, foram ameaçadas e xingadas por internautas

A intérprete de Tânia em Malhação vem sofrendo ataques há quatro meses. São ofensas contra ela e sua família. "Esse caso é de calúnia, injúria e difamação, mas também pode incluir discriminação no processo. A polícia rastreia o computador de onde partiu a ofensa. Se o agressor for maior de idade, ele é processado cível e criminalmente. Se for menor de idade, pode ser apenado", comenta o criminalista.

Além dos casos de Deborah e Ludmilla, relembre outros de famosos que denunciaram ataques preconceituosos:

reprodução/globoNews

O ator Leonardo Vieira em entrevista concedida a GloboNews na porta da delegacia

Leonardo Vieira
O ator Leonardo Vieira denunciou à polícia, no último dia 9, ataques homofóbicos que sofreu após ser clicado aos beijos com outro rapaz em uma boate. Em entrevista ao UOL, ele falou sobre sua queixa: "Estou fazendo isso porque a polícia tem instrumentos legais para identificar essas pessoas e, agora, o que eu quero é poder identificar os autores dessas ofensas". 

Em uma carta divulgada pela sua assessoria de imprensa, ele afirmou que nunca foi "enrustido". "Nunca escondi minha sexualidade, quem me conhece sabe disso. Não estou 'saindo do armário', porque nunca estive dentro de um", declarou.

reprodução/instagram

O ator Bruno Gagliasso e sua mulher, Giovanna Ewbank, posam com a filha, Titi

Bruno Gagliasso
No final do ano passado, o ator Bruno Gagliasso prestou queixa na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, no Rio de Janeiro, depois que sua filha adotiva, Titi, sofreu ofensas racistas em redes sociais. Gagliasso falou sobre o caso publicamente em uma participação no Domingão do Faustão.

"Em relação ao preconceito, eu acho que a gente tem que ser intolerante, e eu fiz o que tinha que fazer, e fiz não só por mim, pela minha filha, foi por qualquer brasileiro, qualquer ser humano", comentou.  

maurício fidalgo/tv globo

A cantora Preta Gil prestou queixa no ano passado por mensagens racistas e xingamentos

Preta Gil
Em julho de 2016, a cantora Preta Gil registrou queixa na Polícia Civil contra os ataques racistas que sofreu, postadas em sua página no Facebook. Segundo a cantora, foi uma série de ofensas e xingamentos, incluindo "macaca" e "falando que eu tinha que voltar para a senzala". Chocada, ela consultou seus advogados e seguiu a orientação de procurar uma delegacia. 

divulgação/tv globo

A jornalista Maria Júlia Coutinho ganhou apoio dos colegas após ataques virtuais

Maju
Em 2015, a jornalista Maria Júlia Coutinho, a Maju, foi alvo de comentários racistas na página do Jornal Nacional (Globo) no Facebook. Alguns internautas escreveram comentários racistas na publicação que tinha a foto da garota do tempo. Além do apoio dos colegas de trabalho para combater o preconceito, com a divulgação da #somostodosmaju, o caso foi investigado pelo Ministério Público de São Paulo. 


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