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Magoado com o SBT

Fora da TV, Rodolfo Carlos, da dupla com ET, vive com R$ 3.000

Reprodução

Rodolfo Carlos e Cláudio Chirinian, o ET, no SBT, em 1998; humorista reivindica direitos trabalhistas - Reprodução

Rodolfo Carlos e Cláudio Chirinian, o ET, no SBT, em 1998; humorista reivindica direitos trabalhistas

PAULO PACHECO

Publicado em 2/2/2014 - 5h45
Atualizado em 3/2/2014 - 6h00

Longe da TV desde 2010, Rodolfo Carlos, ex-repórter e humorista do programa Domingo Legal, leva uma vida completamente diferente de quando fazia dupla com ET, sucesso no final da década de 1990. Atualmente, presta consultoria a empresas e sobrevive com um salário inferior a R$ 3.000 mensais, menos de 10% do que ganhava no auge da carreira no SBT, quando "tentava" acordar Silvio Santos.

“Não chego a ganhar nem R$ 3.000 por mês. Nem carro eu tenho. O povo acha que saí feliz da vida, está tudo legal. Não posso dizer que tenho satisfação de ter feito Rodolfo & ET com o Gugu. Saí do SBT magoado porque não recebi. Por isso, resolvi falar”, desabafa.

Sem carteira assinada, Rodolfo Carlos decidiu quebrar um silêncio de quatro anos. Conta que está processando o SBT, cobrando encargos trabalhistas dos 12 anos de serviços prestados à emissora. Teve seu vínculo empregatício reconhecido na Justiça e ganhou a causa duas vezes, mas o SBT recorreu da decisão judicial. O processo tramita agora no TST (Tribunal Superior do Trabalho), em Brasília.

Após deixar o SBT, em 2009, por não concordar com a redução de seu salário (de R$ 20 mil, chegando a R$ 34 mil quando quase trocou o SBT pela Globo, para R$ 5.000), Rodolfo Carlos se afastou da televisão. Chegou a participar do programa de Sonia Abrão, na Rede TV!, onde ficou apenas três meses. Em sua estreia, uma triste coincidência: cobriu o enterro do amigo Cláudio Chirinian, o ET, que teve uma parada cardíaca e morreu em fevereiro de 2010, aos 46 anos. Foi justamente a perda do ex-colega que o fez processar o SBT.

“Eu não ia processar o SBT, mas o Silvio Santos resolveu homenagear o ET após a morte dele com o único vídeo que a gente odiava. Fizeram uma pegadinha no dia em que estávamos gravando na porta da casa cenográfica do Silvio Santos. Ele mandou uma viatura da Polícia Militar de verdade, o policial ‘matou’ o diretor Goiabinha [Walter Wanderley], enforcou meu pescoço. Assinei o direito de imagem porque eu trabalhava lá, mas a brincadeira nos traumatizou. No dia seguinte, dei entrada no processo”, afirma Rodolfo Carlos.

Fama e anonimato

Formado em Jornalismo, Rodolfo Carlos começou na TV produzindo reportagens policiais para Gil Gomes e de direito do consumidor para Celso Russomanno no Aqui Agora. Trabalhou com Ratinho na CNT e depois na Record, onde formou a dupla com ET. Insatisfeito com o salário na Record, aceitou a proposta de retornar ao SBT, em 1998.

Com ET, Rodolfo Carlos chegou ao topo. As tentativas de acordar Silvio Santos e outros artistas renderam ao Domingo Legal picos de 30 pontos no Ibope e a liderança de audiência. O CD da dupla, com o hit A Dança do ET, vendeu mais de 270 mil cópias. Na época, Rodolfo Carlos chegou a ser chamado pela Globo, mas recusou a proposta. Em 2009, Gugu tentou levá-lo para a Record, mas a emissora se negou a contratá-lo. Hoje, aos 43 anos, tem interesse em voltar à televisão, mas acredita não ter espaço nos programas atuais.

“Gostaria de voltar para a televisão, mas não tem programa. A TV está esquisita, os programas e os quadros nascem natimortos. Está tudo ruim, não me vejo trabalhando em nenhum programa que está aí”, afirma o humorista.

O SBT informou que não se pronuncia em relação a assuntos jurídicos.

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