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Marisy Idalino

Ex-bailarina, apresentadora revela assédio na Record: 'Levava cantada de sertanejos'

Divulgação

A apresentadora Marisy Idalino no estúdio do programa Revista da Cidade, na Gazeta - Divulgação

A apresentadora Marisy Idalino no estúdio do programa Revista da Cidade, na Gazeta

FERNANDA LOPES

Publicado em 12/3/2018 - 6h24

Hoje apresentadora do Revista da Cidade, programa matinal da TV Gazeta, Marisy Idalino demorou até encontrar um emprego com o qual se identificasse na televisão. Ela começou a carreira como dançarina e trabalhou na Record em O Melhor do Brasil, entre 2006 e 2007, na época apresentado por Márcio Garcia. Marisy, de 33 anos, não gostava do tratamento que recebia da emissora e dos convidados. Vivia ouvindo cantadas de sertanejos que se apresentavam na atração.

"Eles me chamaram pra fazer o teste como bailarina e eu achei que era um corpo de baile sério. Fiz uma performance incrível e fui contratada. No dia em que fui gravar, eles me deram aquela roupa, a sainha, a blusinha. Eu pensei: 'Meu Deus, o que eu faço. Preciso comprar comida, pagar aluguel, lascou. Vou fazer'", conta.

"Eles sensualizavam a mulher de uma certa forma ali, e não era o foco que eu queria da vida. Aguentei um ano lá, levava cantadas de muito sertanejo. É como se você fosse um produto mesmo, você tem que fazer e acontecer, você é um número. Não era nada do que eu queria", afirma.

A experiência na Record foi determinante para que Marisy decidisse mudar os rumos. Além de não se realizar como dançarina, ela encontrava dificuldades para se firmar como atriz, após muitas tentativas e nenhum trabalho expressivo.

Reprodução/Record

Marisy entre as dançarinas de O Melhor do Brasil, apresentado por Márcio Garcia, em 2007

Marisy conta que fez testes para comerciais e produções televisivas durante dez anos, mas a concorrência era absurda. O mais perto que chegou foi em 2001, quando ficou na reta final de testes para atuar na novela O Clone, da Globo.

"Mandei um e-mail com meu material para o diretor [Jayme Monjardim] e não sei por que cargas d'água ele me respondeu. No outro dia, eu estava lá para ele ver minha cara, minha atuação. Só não rolou porque eu era uma criança, não tinha instrução nenhuma. Mas o teste era pra fazer a segunda noiva do Mohamed [Antonio Calloni] na história. Fiquei decepcionada".

Apresentadora e sensitiva
Sem papéis como atriz e insatisfeita como bailarina, Marisy decidiu entrar para a comunicação. Começou fazendo merchandising em programas da Gazeta e recebeu um incentivo de Ione Borges. "Ela ficou me olhando, e um dia encerrou o merchan e disse: 'Gazeta, presta atenção, essa menina tem alguma coisa. Nunca vi alguém aprender tão rápido'", lembra.

Na época, em 2012, Marisy também fazia comerciais de loterias da Caixa Econômica Federal na Band. Um dia, estava em casa assistindo ao Mulheres, principal programa da Gazeta, e teve uma intuição.

"Fiquei olhando o trabalho da Regiane [Tápias], que estava substituindo a Cátia Fonseca na época. Pensei: 'Essa menina vai ganhar um programa. Mas se ela ganhar, quem vai ser stand by no lugar dela?'. Aí, veio uma intuição assim: 'Vai ser você'. Eu me achei louca, que viagem", lembra.

"De qualquer forma, mandei meu material para a superintendência da Gazeta. Em dois dias, inacreditavelmente retornaram. Fui conversar com a diretora artística, que estava procurando uma substituta para ser stand by de todos os programas. Pensei 'Nossa, vou abrir uma tenda [de vidência]'", brinca.

Em seu início na emissora, Marisy comandou um programa de culinária e demorou para conquistar a confiança dos chefes. Durante todo o primeiro ano de trabalho, o contrato dela era renovado mensalmente. "Todo mês eu não sabia se ia continuar empregada", diz.  

Em setembro de 2017, finalmente ela ganhou um programa para chamar de seu: nas tardes de domingo, apresenta o Sempre Bela, programa sobre beleza. Em dezembro, ela também assumiu o comando do Revista da Cidade, como substituta de Regiane Tápias, que está de licença-maternidade.

Grávida de oito meses, Marisy também sairá de licença a partir da próxima sexta (16) e ficará dois meses fora do vídeo. Quando voltar, pretende continuar trabalhando até alcançar seus objetivos na TV.

"Tenho uma meta de um dia ter um programa diário na casa, parecido com o Revista da Cidade. Estou esperando com calma, com cautela, feliz com a posição em que eu estou hoje. Mas tenho sonhos mais altos, sim. Jamais esconderia isso, acho legal todo mundo saber", afirma.

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