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Mortes no Recife

Acidentes já mataram dezenas de jornalistas; relembre maiores tragédias

Reprodução/TV Globo

Imagens feitas pela TV Globo mostram helicóptero da RedeTV! que caiu nesta quarta (24) - Reprodução/TV Globo

Imagens feitas pela TV Globo mostram helicóptero da RedeTV! que caiu nesta quarta (24)

REDAÇÃO

Publicado em 24/1/2018 - 6h15
Atualizado em 24/1/2018 - 16h59

Um dia depois da queda do helicóptero da Globo no Recife, um novo acidente com uma aeronave de emissora assustou os funcionários da RedeTV! na tarde desta quarta-feira (24): o helicóptero que prestava serviço ao canal despencou do heliponto até o estacionamento e bateu em carros de colaboradores. Segundo o Corpo de Bombeiros, ninguém se feriu.

O prejuízo foi apenas material. De acordo com informações iniciais, ventava forte no local e uma rajada de vento arremessou a aeronave, que bateu na grade de proteção e caiu. O helicóptero não tinha ocupantes e estava estacionado no heliponto.

É a segunda queda de helicópteros de TV em menos de dois dias: na manhã de terça (23), o acidente com a aeronave da Globo na Praia do Pina, no Recife, deixou duas pessoas mortas, em mais uma tragédia que vitima jornalistas no Brasil.

Nas últimas décadas, acidentes aéreos e viários mataram dezenas de repórteres e técnicos das emissoras enquanto elas exerciam suas funções.

Há oito anos, um helicóptero da Record caiu no Jockey Club de São Paulo, devido à falha causada por falta de manutenção e inspeções. O acidente foi filmado pela Globo _o piloto do Globocop até tentou ajudar o colega, que não resistiu e morreu.

Mais recentemente, a queda do avião que levava o time da Chapecoense à Colômbia também deixou jornalistas mortos e causou comoção. No total, 20 profissionais de rádio e TV foram vítimas do acidente.

Relembre essas e outras tragédias do jornalismo televisivo:

reprodução/globo

O piloto do Globocop Dato de Oliveira, que tentou ajudar o colega do helicóptero da Record

Queda do helicóptero da Record, em 2010
Em fevereiro de 2010, um helicóptero do jornalismo da Record sobrevoava a zona oeste de São Paulo quando começou a rodopiar, perdeu altitude e caiu no Jockey Club. O piloto Rafael Delgado morreu na queda, e o cinegrafista Alexandre de Moura foi levado ao hospital em estado grave, mas sobreviveu. 

O comandante de um helicóptero da Globo, Dato de Oliveira, também sobrevoava a área no momento, viu a aeronave em dificuldades e conversou com o colega, que relatou o problema. O helicóptero teve uma pane na cauda, o que, segundo laudo do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) divulgado pelo Notícias da TV, era um erro grosseiro de falta de manutenção e inspeção.

reprodução/tv globo

Os escombros do avião que levava jornalistas, técnicos e todo o time da Chapecoense

Queda do avião da Chapecoense, em 2016
Além de jogadores e da equipe técnica da Chapecoense, que disputaria a final da Copa Sul-Americana em Medellín, na Colômbia, 22 repórteres, coordenadores, produtores, comentaristas e técnicos de rádio e de TV estavam no avião que caiu em 29 de novembro de 2016. Só um sobreviveu: o narrador de rádio Rafael Henzel. A aeronave caiu por falta de combustível e pane elétrica.

O canal Fox Sports foi o que mais perdeu profissionais: foram seis vítimas, entre eles o comentarista Mário Sérgio e o narrador Deva Pascovicci. Também estavam no avião da empresa Lamia três jornalistas da RBS, afiliada da Globo em Santa Catarina; três da Globo e dois da RIC TV, afiliada da Record em Chapecó (SC).

Acidentes em Macaé, em 1984
Dois acidentes seguidos mataram 16 jornalistas e técnicos de TV em junho de 1984. Um avião se chocou contra uma montanha conhecida como Morro João, nas proximidades de Macaé, no Rio de Janeiro. A tragédia matou 14 jornalistas da Globo, Bandeirantes, Manchete e TV Educativa, que viajavam a convite da Petrobras para a cobertura da produção de mil barris de petróleo por dia da companhia. 

No dia seguinte à tragédia, uma equipe da Globo foi enviada para fazer reportagens no local. No trajeto de volta ao Rio, o carro que levava o repórter Samuel Wainer Filho (filho dos jornalistas Samuel Wainer e Danuza Leão) e o cinegrafista Felipe Ruiz deslizou no asfalto e se chocou contra uma árvore. Os dois morreram. 

Acidente do Globo Ecologia em Roraima, em 1998
Em setembro de 1998, uma equipe do Globo Ecologia viajava de helicóptero de Boa Vista até o Monte Roraima, em Roraima, mas a aeronave teve problemas e se chocou contra um platô quando o piloto tentava fazer um pouso de emergência. Após 34 horas de buscas, a equipe foi encontrada na região do Monte Roraima e resgatada. 

Reprodução/TV Globo

Danton Mello foi resgatado depois de 34 horas

O operador de áudio Ricardo Cardoso morreu no local. O piloto, o jornalista Fernando Parracho, o diretor Cláudio Savaget, o cinegrafista Sérgio Vertis e o ator e então apresentador do programa, Danton Mello, sobreviveram e foram levados para hospitais.

Mello tinha uma hemorragia abdominal quando foi encontrado, mas passou por cirurgia e teve rápida recuperação. Na época, o ator também estava no elenco da novela Torre de Babel. Para justificar sua ausência, seu personagem sofreu um grave acidente de carro e foi se tratar nos Estados Unidos.

Acidente com carros de reportagem em Farroupilha, em 2012
Em abril de 2012, um caminhão carregado de laranjas perdeu o controle em uma rodovia na cidade de Farroupilha, Rio Grande do Sul, e atingiu carros com profissionais de imprensa de três emissoras: RBS (afiliada da Globo), Record e Band. As equipes seguiam para a cobertura de uma operação policial em Caxias do Sul. 

Dois funcionários da Band morreram no local, conhecido como "curva da morte": o repórter Enildo Pereira e o cinegrafista Ezequiel Barbosa. Os seis profissionais da RBS e da Record tiveram apenas escoriações. O motorista admitiu que havia consumido anfetamina (rebite) antes de dirigir.

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