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Turner contrata especialista em TV paga para comandar reestruturação no Brasil

Divulgação/Turner

Rogério Gallo (com Marina Person), ex-vice-presidente dos canais de entretenimento da Turner - Divulgação/Turner

Rogério Gallo (com Marina Person), ex-vice-presidente dos canais de entretenimento da Turner

DANIEL CASTRO

Publicado em 16/3/2017 - 12h24

Programadora dos canais Cartoon Network, TNT, Warner e CNN, a Turner contratou ontem (15) o especialista em TV por assinatura Antonio Barreto para comandar sua reestruturação no Brasil. Na última segunda-feira, a Turner demitiu seu gerente-geral no país, Gustavo Diament, o vice-presidente de canais de entretenimento, Rogério Gallo, e a diretora de conteúdo infantil, Daniella Vieira.

Barreto é um nome reconhecido no mercado de TV paga e tem fama de estruturador. Ele atuou, por exemplo, na estruturação da operadora Net, hoje a maior do país. Atuou também na Telefônica, Disney, DirecTV, HBO e nos grupos Globo e Abril.

Segundo nota oficial, Barreto atuará como "consultor estratégico" e "trabalhará ao lado das principais lideranças no desenvolvimento, gerenciamento e implementação de planos que estimulem a constante inovação e o crescimento da Turner Brasil. Ele oferecerá sua visão estratégica a todos os negócios locais da Turner, garantindo que a empresa potencialize de forma efetiva todos os seus múltiplos recursos, enquanto também constrói novos negócios para aproveitar as oportunidades da indústria que está em pleno desenvolvimento".

Apesar do discurso da Turner de que o Brasil permanece um "mercado global prioritário", a análise do mercado é outra. Barreto teria a função de enxugar a programadora, montando um cenário que faça a empresa funcionar com o mínimo de estrutura no país e o máximo na Argentina, onde os custos são mais baixos.

De acordo com o site especializado em TV paga Tela Viva, a Turner deverá manter no Brasil apenas as operações de marketing e comercialização publicitária. A programação dos canais passará a ser feita da Argentina. Na área artística, deve permanecer no país apenas uma pequena estrutura para negociar com produtoras independentes e cumprir as cotas de conteúdo nacional.

O movimento tem menos a ver com a fusão da AT&T com a Time Warner e mais com as finanças da Turner. Para ver a fusão aprovada no Brasil,  a gigante de comunicações terá que se desfazer da operadora Sky (propriedade da AT&T) ou da Turner e da HBO (Time Warner). Vender a Sky é a alternativa mais óbvia.

Com faturamento de aproximadamente R$ 1 bilhão por ano, a Turner vem perdendo receitas em decorrência da retração do mercado brasileiro de TV paga, que encolhe desde 2014. Paralelamente, a programadora investiu pesado no segmento esportivo: comprou os canais Esporte Interativo e passou a disputar com a Globo/Sportv os direitos do Campeonato Brasileiro.

Os investimentos em esportes deverão ser mantidos, mas só vão dar retorno se o crescimento da base de assinantes for retomado. A solução a curto prazo é cortar custos, o que já vem ocorrendo desde o ano passado e deverá se ampliar nos próximos meses.

Leia mais sobre as mudanças na programadora em Turner demite diretores no Brasil, e principal executivo cai atirando.


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